*Por Roberto Caminha Filho - Novidade no futebol brasileiro que muito nos alegrou: a nossa querida Presidenta não deu a mínima importância ao Presidente da CBF, o Ricardo Teixeira, genro do poderoso João Havelange, grande desportista e famoso por ter escapado do Titanic, porque chegou atrasado no porto. O encontro foi em Brasília e era a despedida do Ministro Orlando Silva que por não entender nada de esporte, notabilizou-se por comprar tapioca com o dinheiro dos outros no cartão de crédito. No concurso interno para desastrado, perde para o engraçadíssimo Lupi, que nem para político serve. O evento também era para a posse do Ministro Aldo Rebelo, reconhecidamente, um homem de bem, e como ele diz: ser honesto com a coisa pública é só a minha obrigação. O Ricardo Teixeira ficou na platéia, como um “geraldino”, vendo o Pelé ao lado da Presidenta. Quanta alegria a Dra. Dilma me deu!
Uma das primeiras ações do Ministro Aldo Rebelo foi rescindir um Convênio com um sindicato paulista que, no ano passado, disse que fez, e não fez, a contagem e cadastramento dos torcedores no Estado de São Paulo. Que malandragem! A brincadeira, muito baratinha, custou, apenas, R$ 6,1 milhões de reais. Por que tão pouco por uma folha de papel? disse o português Américo.
EXTRATO DE RESCISÃO (DA PILANTRAGEM)
ESPÉCIE: Extrato de Rescisão ao Convênio nº 750511/2010.
CONCEDENTE: União, por intermédio do Ministério do Esporte - CNPJ 02.961.362/0001-74.
CONVENENTE: SINDICATO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL PROFISSIONAL - CNPJ: 04.658.668/0001-81.
OBJETO: O presente Instrumento tem por objetivo a Rescisão do Convênio nº 750511/2010, firmado em 30 de dezembro de 2010, entre o Ministério do Esporte e o SINDICATO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL PROFISSIONAL E SUAS ENTIDADES ESTADUAIS DE ADMINISTRAÇÃO E LIGAS.
DATA DE ASSINATURA: 27 de outubro de 2011.
SIGNATÁRIOS: WALDEMAR MANOEL SILVA DE SOUZA Secretário Executivo-ME, CPF:
377.643.655-72, WADSON NATHANIEL RIBEIRO, CPF: 033.330.476-40, Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social e MUSTAFÁ CONTURSI GOFFAR MAJZOUB Presidente do Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional e suas Entidades Estaduais de Administração e Ligas, C.P.F: 029.906.368-20.
Mustafá Contursi, pior ex-Presidente do Palmeiras de todos os tempos, eleito para esse cargo pela torcida do clube, é um dos signatários desse convênio de ouro. Ele é Presidente desse sindicato e prega o Palmeiras ser como o Pinheiros: só social, nada de futebol. Cruz, credo! A corrupção não tem mais imaginação, é o que passa na cabeça.
Receber e não fazer só é pior do que entender!
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Uma dia, na Copa da Espanha de 1982, em Sevilha, antes de uma aula de futebol contra a Escócia, entre Evandro Farias, Amazonino, Dudu e Saraiva, perguntei a um alemão eufórico com o banho de bola que demos nos bebedores de whisky, porque ninguém inventa bebida naquele estado em que os escoceses sobrevivem nos estádios:
- Por que vocês saem da cidade em que estão, viajam seiscentos quilômetros de ida e mais seiscentos de volta para ver o nosso jogo? e o “chucruts” disse na hora: porque o Brasil não repete jogadas e muito menos os goals. São todos diferentes. Os nossos são todos iguais.
Eu pensei uns dois dias, sempre vendo os jogos dos europeus. O alemão tinha razão e continua tendo até hoje. Hoje, o nosso futebol imita o dos alemães, ingleses, holandeses, e, pior, só joga nos estádios deles, para eles, e creio que a CBF pensa, que a Copa vai ser lá. Resultado: eles nem vão aos estádios e muito menos ligam seus televisores. Um jogo do Brasil, no pay-per-view, custa U$ 20.00, e eles dizem que o Brasil não é mais novidade. A novidade é o Neymar, que para estar na lista dos melhores de 2011, já deve ser de um clube europeu. Que novidade! é bem capaz de profissional fazer propaganda de amador para, logo depois, comprar mais caro. É só montar espreita na casa do Neymar e ver qual é o professor e a língua que ele está aprendendo e saberemos para onde ele irá, em janeiro de 2012. Podem aumentar o salario do craque, na hora de ir embora, ele dirá do Aeroporto:
- Ciao, pessoal, nos veremos na Copa! e teremos que bater palmas para ele, pela decisão acertada e atrasada. A história parece dizer que ele já é do Real, que deixará o craque no Santos no intuito de melar a decisão mundial contra o arqui- inimigo, o Barcelona, para depois recebê-lo como um herói. E como ninguém é de ferro, valendo o dobro.
A nossa Seleção Brasileira de futebol, a ex-temida canarinho, depois de tantos atropelos, pelo mundo afora, amargou um nono lugar no ranking da FIFA, melhorou para um sétimo lugar e agora comemora o quinto lugar do famigerado ranking. Quanta desgraça!
O mês de novembro vai ser de muitas comemorações na sede da CBF. O Brasil vai jogar com duas seleções de “grande” expressão no cenário futebolístico mundial: a Seleção do Gabão, em Libreville, e a Seleção do Egito, no Cairo. Se fosse no tempo do Saddam ou do Kaddaff, o Ricardo Teixeira e o nosso Mano Menezes já teriam virado estátua de ouro, cravejada de pedras preciosas na ponta dos seus enormes narizes. Sabem o que os flamenguistas do Gabão gritavam na chegada da nossa seleção?
Onde está Neymar? onde está Ronaldinho? onde está Kaká? Os nossos dirigentes esqueceram que o futebol é conhecido no mundo inteiro. Nem no Gabão a CBF consegue enganar mais! Brasil 2 x 0 Gabão. O Brasil nada ganhou e o Gabão quase perdeu.
A nossa Presidenta, inteligente como ela só, ainda vai nos dar alegrias cortando as asinhas do “Genro Amado” e da sua “colegagem”. A seleção é uma sucessão de erros e derrotas em tudo que é categoria. O PAN foi o fino do fiasco, tanto no masculino quanto nas péssimas apresentações do feminino, sem Cristhiane e Marta.
Os nossos clubes, aqueles que poderiam formar uma seleção a qualquer tempo, quando jogam contra os nossos ‘hermanitos” das cordilheiras e empatam, é uma alegria incontida. Os clubes lutam para jogarem o Sulamericano e quando a competição chega, poupam seus titulares para uma outra. Falta de planejamento. As competições do ano estão no calendário das Confederações, à disposição de vascaínos, flamenguistas e santistas. E os brasileiros, diante das telas, a sofrer que nem cachorro da Zona Leste.
A Copa do Mundo de Futebol de 2014 será no Brasil. A torcida brasileira é que deve ser conquistada. Os treinos devem ser nos estados que sediarão a Copa. Adoro o tacacá e os paraenses, mas jogar em Belém, não paga dívida e ainda deixa os vizinhos com água na boca. Eles estão na nossa frente em tudo. Só falta, para eles, uma Ponte Lulão, feita por um paraense e paga por um paulista, e uma Zona Franca, vontade de um cearense.
Enganar no Gabão? não há perdão!
*Roberto Caminha Filho, economista, louco por futebol, não entende menos de cem bolos, dados pelo Naldo, com palmatória de quinze furos, em quem rouba das gerações.
Excelente artigo Robertinho. Do anterior eu n]ao gostei muito mas esse aqui está ótimo. Tem grade talento vc como articulista. Parabéns!
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