O ex-policial militar Afonso Araújo de Almeida, 38, condenado a 29 anos de prisão por assassinar a estudante de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Ana Délia Albuquerque, em 1992, está livre desde o dia 16 de dezembro de 2010. A informação foi confirmada na quinta-feira (20) pelo secretário executivo adjunto da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), coronel da Polícia Militar Bernardo Encarnação.
A notícia deixou a família da estudante revoltada. A decisão de conceder condicional ao ex-militar foi tomada no dia 15 de dezembro do ano passado pelo juiz Celso Antunes da Silveira Filho da Vara de Execuções Penais (VEP).
Ana Délia Albuquerque tinha 24 anos quando foi estuprada e morta na praia da Ponta Negra, Zona Oeste. Após dois dias de buscas, a polícia prendeu Afonso Araújo, apontado por uma amiga da estudante como sendo um dos autores do crime. Após ver no site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) a decisão do juiz, a família da estudante lamentou. “Ele é um psicopata. Uma pessoa que comete um crime daquele não é humano. Ele vai matar mais gente de novo”, comentou a advogada Iza Amélia de Castro Albuquerque, irmã de Ana Délia.
Um dos pré-requisitos para o juiz conceder o livramento condicional é o bom comportamento do apenado. Para a advogada Iza Amélia, Afonso não poderia receber esse benefício, já que fugiu três vezes da prisão. Em junho de 2006, Afonso fugiu pulando o muro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no quilômetro sete da BR-174 (Manaus-Boa Vista), sendo recapturado em seguida quando tentava passar por uma barreira policial na Zona Norte dentro de um ônibus da linha 305. Em 2007, o ex-policial fugiu novamente e foi capturado no dia 11 de abril do mesmo ano. Segundo Iza Amélia, Afonso teria fugido mais uma vez da prisão.
Na decisão, o juiz Celso Antunes deixa entender que Afonso cumpriu todos os requisitos (previstos no artigo 83 do Código Penal) para que lhe fosse concedido o livramento condicional.
COMO FOI O CRIME
Afonso e Marcos Roberto da Silva pediram carona de Ana Délia que estava junto de uma amiga. No caminho, a dupla rendeu as vítimas, levando-as para as pedras da praia da Ponta Negra, onde as estupraram. As duas foram amarradas e jogadas no rio. A amiga de Ana sobreviveu e reconheceu Afonso.
Isso é uma vergonha, um monstro desses deveria ir direto para a cadeira eletrica, sem ressalvas.
ResponderExcluirTive o prazer de conhecer e de estagiar com a Délia no Bea de Maués. Como tambem tive o prazer de conhecer o seu saudoso pai.
Uma pena que a nossa justiça e falha.
A Adélia não merecia ter morrido daquele jeito, era uma pessoa maravilhosa, um grande ser humano, estudávamos juntas na Ufam, choramos muito a sua morte. O juiz que soltou esse mosntro deve ter agindo dentro da lei, com certeza, mas é preciso às vezes tomar decisões que contrariem a lei, para o bem da sociedade.
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