CORRUPÇÃO NA SUFRAMA: PRACIANO FICA IRRITADO AO SABER QUE FLÁVIA GROSSO CONTINUARÁ NO CARGO

Por Cássio Cunha - A notícia de que Flávia Grosso vai permanecer na Suframa irritou o deputado federal Francisco Praciano. Ele anunciou que vai pedir ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que intervenha na autarquia. Praciano não entende como a presidente Dilma Roussef, que, assim como Lula, diz nutrir grande aversão à corrupção e aos corruptos, pôde manter Flávia Grosso no cargo.

Embora Praciano pertença à mesma tendência de Fernando Pimentel no PT, seu pleito não tem a menor chance de lograr êxito. Pimentel teria que ser maluco de carteirinha para bater de frente com Dilma. Levaria um tremendo chute no traseiro se o fizesse. Afinal, o cargo que ocupa não é dele, nem do partido, mas da presidenta.

A decisão de Praciano foi tomada ontem, após a divulgação da ação do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF), que classifica o contrato da Suframa com a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), no valor de R$ 416.586.460,92, como uma “orgia” com o dinheiro público.

Flávia Grosso está toda enrolada. Se o discurso de Dilma contra a corrupção fosse dos vera, como diziam os amazonenses antigamente, Flávia Grosso já estaria no olho da rua faz tempo.

Tramita contra ela na Justiça federal dois processos por improbidade administrativa movidos pelo Ministério Público Federal. Os processos de nº 1682-42.2011.4.01.3200 e 2230-67.2011.4.01.3200 envolvem denúncia de Dano ao Erário – Improbidade Administrativa – Enriquecimento Ilícito – Violação aos Princípios Administrativos.

Nos dois processos há mais figurões envolvidos: Plínio Ivan Pessoa da Silva (superintendente-adjunto), Maurício Loureiro, Jorge Sotto Mayor Fernandes Filho, Armando Rubens Medeiros Lima, Athayde Ribeiro Costa, Thales Messias Pires Cardoso, Mosaico Engenharia e Comércio, Margarida Maria Queiroz Melo Fernandes, Fernando Nunes da Frota.