A ex-chefe de gabinete da Presidência da República
em São Paulo Rosemary Noronha pediu favores até para o diretor-geral da Polícia
Federal, Leandro Daiello - chefe do órgão que a investigava e que faria
apreensões em seu escritório semanas depois. O pedido ocorreu na sede
presidencial na capital paulista, menos de um mês antes de a PF deflagrar a
Operação Porto Seguro, que desarticulou um esquema de venda de pareceres e
indiciou Rosemary sob a acusação de tráfico de influência, corrupção passiva e
formação de quadrilha. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Rosemary procurou o policial e pediu ao diretor da
PF ajuda para seu marido, João Oliveira. Ao policial Rose contou que o marido
entrava com facilidades nos Estados Unidos só quando desembarcava em Nova York.
Reclamou que ele sempre era revistado quando desembarcava por Miami. Rose pediu
que o diretor da PF entrasse em contato com autoridades norte-americanas para
tentar resolver a questão - sem detalhar como. Daiello sugeriu que ela enviasse
o pedido por e-mail, para deixar registrado o possível tráfico de influência. O
advogado de Rosemary Noronha, Celso Vilardi, disse ter visto o e-mail no
material apreendido pela PF, mas afirmou que o e-mail não tinha relevância
criminal.
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