terça-feira, 6 de julho de 2010

BANDIDOS PRESOS PELA POLÍCIA CIVIL E FORAGIDOS DO ACRE SÃO SOLTOS POR JUIZ PLANTONISTA



A Justiça do Amazonas tem razões que a própria razão desconhece. Do contrário, o juiz plantonista Jorge Mílton Lins Barreto não teria posto em liberdade três foragidos da Justiça acreana, presos pela Polícia Civil em Manaus, na semana passada, portando três pistolas de uso exclusivo das Forças Armadas e uma semimetralhadora 9 milímetros.

Ermilson da Cunha Cipriano, o “Romário”, Cledson Araújo das Neves e Elivaldo Silva da Costa (foto) não ficaram nem 72 horas presos. Investigadores da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) garantem que o juiz sabia da existência dos mandados de prisão contra os três delinquentes. Os mandados foram expedidos em fevereiro deste ano pela juíza Maha Kouzi Manasfi, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco, capital do Acre.

MARTINI MARTINIANO DIZ QUE COMPROU HC POR R$ 400 MIL

Em 2008, caso semelhante ocorreu na Justiça do Amazonas. Preso por força de um mandado de prisão oriundo da Justiça acreana, o pistoleiro Martini Martiniano acabou ganhando liberdade por meio de ordem de habeas corpus assinada pelo desembargador Rui Morato. Tempos depois, Martiniano contou à Polícia do Acre que pagara R$ 400 mil pelo HC a Rui Morato. Martiniano foi assassinado num presídio daquele Estado, no ano seguinte. Ele havia denunciado a existência de uma máfia no Amazonas, com raízes no Judiciário, no Ministério Público e na Policia.

FRANCISCO ATAÍDE TERIA RECEBIDO PROPINA PARA SOLTAR 38 PRESOS

Em 2006, durante a Semana da Pátria, o juiz Francisco de Assis Ataíde ficou famoso por soltar 38 presos, alguns com condenação transitada em julgado. Suspeito de ter recebido propina, Ataíde foi afastado e em seguida, no dia 27 de novembro de 2009, aposentado por invalidez. Ataíde morreu em 2009, em Caxias do Sul (RS), vítima de um infarto fulminante.

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