terça-feira, 28 de setembro de 2010
FOTOS IMORTAIS ( II ) – “OISEAU DE PROIE”
Por Giulio Sanmartini - A velocidade na passagem de informações é o fator básico do progresso. Por exemplo, Marco Pólo no Século XIII, junto ao seu pai e a seu tio empreendeu uma viagem à China, lá ficou encantado com a circulação de papel moeda, primeiro porque ele havia sofridos as dificuldades de trazer moedas metálicas, segundo por tomar conhecimento da existência do papel e o trouxe-o para a Europa, mas não trouxe o sistema de imprimi-lo com tipos móveis, o que causou um atraso de 200 anos para a introdução da imprensa na Europa, haja vista que ele não pode voltar àquele país oriental, pois levara nessa viagem, entre ida e volta 24 anos.
Também atrasou-se de dois séculos o advento do Renascimento, a mais importante mudança cultural na Europa de toda a era cristã, que só foi possível com a popularização dos livros impressos.
Com a imprensa e o Renascimento começou o tempo das grandes navegações e assim Vasco da Gama, passados quase 300 da viagem de Marco Pólo, por meios navais conseguiu o mesmo intento em somente dois anos. Com a invenção do motor a vapor as viagens ficaram independentes dos humores dos ventos e os tempo foram muitos diminuídos, mesmo assim as viagens entre a Europa e a América exigiam diversas semanas.
Precisava ser encontrado algo mais ágil. Desde a antiguidade clássica grega que o homem sonhava em dominar os ares, côo pode ser visto na história mitológica, em que Dedado, querendo fugir da ilha de Creta, construiu para ele e seu filho Icaro, assas cobertas de cera.
O primeiro projeto real de voar foi o de Leonardo Da Vinci em 1488. Inspirando-se na anatomia das asas de um morcego, desenvolveu um instrumento que, movido por meio de alavancas e manivelas, poderia ser sustentado no ar e comandado por seres humanos. Hoje se sabe, que não conseguiria voar com seu aparelho.
Depois disso o homem fez várias tentativas de deslocar-se no ar com veículos mais leve que ar, mas os resultados foram muito limitados.
O brasileiro Alberto Santos Dumont (1873/1932) nascido em Palmira (hoje Santos Dumont MG), morava em Paris e dedicara sua vida à tentativa de voar com algo mais pesado que o ar.
Nisso construiu o que chamou 14-bis, que era um aeroplano unido ao seu balão 14, daí o nome, mas que os francês chamaram e continuam chamando de “Oiseau de Proie” (ave de rapina), depois de várias modificações, perante mais de mil expectadores, no Campo de Bagatelle (Paris), no dia 23 de outubro de 1906 com seu 14-bis (Oiseau de Proie )decolou usando seus próprios meios e sem auxílio de dispositivos de lançamento, percorrendo 60 metros em sete segundos, a uma altura de aproximadamente 2 metros, como pode ser visto na foto.
Nesse momento teve início a navegação aérea, que com passar de um breve tempo, permitiu fazer em algumas horas a vigem Europa América.
A partir daí o homem lançou-se no espaço sideral, conquistou a Lula, aperfeiçoou e miniaturizou a informática, o que hoje permite a comunicação de minha cidade escondida nas montanhas Dolomitas, com Cuibá (MT) a milhares de quilômetros de distância, em questão de segundos.
Esse feito de Santos Dumont, que foi registrado por um desconhecido, é o ícone de uma dos maiores fatores na evolução da história da humanidade.
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