Com 99.22% das urnas apuradas em SP, às 22h31 de ontem, o candidato a deputado federal Tiririca (PR) aparecia com 1,344 mi de votos, o que lhe permitiria levar consigo outros 3 candidatos “e meio” para Câmara, além de garantir sua própria vaga.
O total de votos válidos para deputado federal em SP, apurados até aquele momento, era de 21,2 milhões. Como o Estado tem 70 cadeiras na Câmara, seriam necessários 302,3 mil votos para eleger um parlamentar na Casa. A votação em Tiririca elegeria, portanto, 4,5 candidatos contando com ele próprio.
Candidato mais votado, Tiririca é consequentemente quem mais vai puxar votos para os colegas de coligação. O segundo maior puxador de votos de SP é Gabriel Chalita (PSB), com 557 mil votos. Até esse momento, a coligação que inclui Tiririca (PR, PT, PC do B, PRB e PT do B) tinha conquistado 24 vagas para deputado federal por São Paulo. Já a coligação PSDB-DEM-PPS, aparecia com 22 vagas.
PARA PRESIDENTE DO TSE, ELEIÇÃO DE
TIRICA NÃO DEVE SER CONSIDERADA
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, creditou ontem (3) à "vontade popular transitória" a eleição do palhaço Tiririca (PR) à Câmara dos Deputados. "Nós achamos que devem ser encarados como vontade popular transitória. Me parece que é um fenômeno que não deve ser levado em consideração", disse Lewandowski, ao ser questionado sobre relação da eleição do artista e o voto de protesto. Candidato mais votado do país, com aproximadamente 1,3 milhões de votos, Tiririca tinha como lema de campanha "pior do que está não fica".
Na visão do presidente do TSE, o voto de protesto é uma ocorrência "um tanto quanto" normal. Questionado se, nessas eleições, observou um aumento nessa categoria, Lewandowski disse que não. "Não vimos um número maior. Houve uma resposta do eleitor, mas que sempre aconteceu", disse o ministro, durante entrevista coletiva. Depois, não quis comentar mais especificamente sobre Tiririca.
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