O delegado Carlos César Santos (foto) afirmou em entrevista concedida no fim da tarde deste sábado (24), no Rio, que os depoimentos do jogador Adriano e da jovem baleada dentro do carro do atleta se mostraram contraditórios. De acordo com o delegado, a jovem relatou que, no momento do disparo que a feriu na mão esquerda, era o jogador quem manuseava a arma. "Dentre as cinco pessoas entrevistadas até o momento, a vítima é a única que afirma que Adriano estava no banco traseiro do veículo manuseando a arma.
Ela também contou quem, em dado momento, chegou a pegar na arma, mas a devolveu ao jogador", disse o delegado, acrescentado que a arma é uma pistola calibre .40. Segundo Carlos César, o atacante do Corinthians, que depôs no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde a jovem está internada, contou que foi a própria vítima quem efetuou o disparo.
"Ele disse que foi ela que, mexendo inadvertidamente na arma, apertou o gatilho. Ao mesmo tempo, afirmou que ninguém viu o que aconteceu. O disparo apenas foi ouvido, e todos dentro do carro se abaixaram. E então perceberam que a mão dela estava sangrando", explicou o delegado.
ACAREAÇÃO
Carlos César, que é delegado assistente da 21ª DP (Bonsucesso), mas está prestando serviço excepcionalmente na 16ª DP (Barra da Tijuca), informou que tanto Adriano quanto a jovem realizaram um exame para detectar a presença de pólvora nas mãos.
Projétil retirado pela perícia do forro do carro de Adriano (Foto: Marcos de Paula/Agencia Estado)
Segundo ele, o laudo final deve ficar pronto em, no máximo, oito dias. "Se a dúvida persistir, o delegado titular da 16ª DP deve fazer uma acareação na próxima semana para sanar essas divergências entre os depoimentos", destacou Carlos César. Adriano saía de uma boate acompanhado de quatro mulheres quando o incidente aconteceu, no Rio. Segundo Carlos César, a vítima e uma amiga entraram no carro, que era dirigido por um tenente reformado da Polícia Militar. Outras duas mulheres, conhecidas de Adriano, também saíram da boate no veículo do atacante.
O disparo aconteceu por volta das 5h30 e atingiu a mão esquerda da jovem. "Eu só ouvi o barulho. Eu estava dirigindo o veículo. Eu não vi nada. Só o barulho. A arma estava debaixo do banco e era minha", contou o PM reformado Júlio César Barros, amigo de Adriano que dirigia o veículo. O delegado Calos César adiantou que o policial militar vai responder a um processo adminsitrativo por negligência ou omissão na guarda de arma de fogo.
Fonte: G1
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