segunda-feira, 25 de outubro de 2010

AMÉRICA DO AMAZONAS É DERROTADO PELO MADUREIRA EM SÃO PAULO

Com apenas 57 pagantes no Estádio Municipal Professor Dário Rodrigues Leite, de Guaratinguetá, região do Vale do Paraíba, em São Paulo, o mandante América perdeu para o Madureira, de virada, por 2 a 1, na primeira partida da fase semifinal do Campeonato Brasileiro da Série D. O jogo aconteceu em São Paulo por falta de estádios com mais de 10 mil lugares em Manaus, pré-requisito para receber o jogo, de acordo com o regulamento da competição.

Apesar do tempo nublado no interior paulista, as duas equipes fizeram um primeiro tempo quente, com destaque para o goleiro amazonense Naílson. Mesmo com pouca posse de bola, os amazonenses abriram o placar com Cleiton Amaral, aos cinco da etapa inicial. Após forte pressão, o Tricolor empatou com Serginho, aos 25. Os dois times cansaram e a etapa final caiu de produção, mas o Madura conseguiu o gol da vitória aos 40 minutos do segundo tempo, com o lateral Valdir.

O confronto de volta acontece na próxima quarta-feira (27), às 15h (de Manaus), no Estádio do América-RJ, o Giulite Coutinho, em Mesquita, área emancipada de Nova Iguaçu. O Tricolor joga por um empate ou derrota por 1 a 0 para ficar com a vaga na final. O Diabo precisa vencer por dois gols de diferença, o por um, desde que marque pelo menos três. Mas há possibilidade do confronto ser adiado, após denuncia do Joinville contra o time amazonense.

Se a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não interferir no campeonato, a equipe que avançar encara, na grande final da Quarta Divisão, o classificado do duelo entre Guarany, do Ceará, e Araguaína, do Tocantins. No primeiro jogo, no Norte do país, empate em 2 a 2.

MEQUINHA FOI DESTAQUE NO PRIMEIRO TEMPO

Uma curiosidade marcou a entrada do Mequinha em campo. A equipe foi para o gramado com a tradicional camisa vermelha, mas com incomum calção azul. A novidade teve o objetivo de homenagear o Amazonas, que tem o azul e o vermelho como cores principais da bandeira do Estado.

Mesmo jogando, na teoria, fora de casa, o Tricolor Suburbano tomou a iniciativa do início ao fim do primeiro tempo. Mas quem abriu o placar mesmo foi o América, logo aos cinco minutos. Aproveitando sobra de bola e espaço na zaga carioca, Cleiton Amaral mandou a bola à meia altura, no lado direito do gol de Jefferson, que não alcançou.

Apesar do gol sofrido, o Madura seguia melhor no jogo. Em sequência, após o gol americano, foram três oportunidades criadas, com Vinicius, Maciel e Alex, em chutes perigosos. Já o time amazonense se contentava em subir ao campo ofensivo em jogadas de contra-ataque.

Com a forte pressão do Madureira, o goleiro Naílson ia se destacando no jogo, com defesas importantes. Além do trabalho dentro das quatro linhas, o camisa 1 atuava como gandula e buscava algumas bolas fora de campo. Apenas dois jovens devolviam a redonda, um atrás de cada gol. Mas aos 21 minutos, o arqueiro não tinha o que fazer e só torceu em boa cobrança de falta do volante Vinicius. A bola passou rente à trave.

O gol de empate era questão de tempo. Serginho deixou Rodrigo na cara do gol, mas o meia se atrapalhou e perdeu chance claríssima. Na sequência da jogada, Serginho não desperdiçou. Aos 25 minutos, em cobrança de escanteio da direita, ele apareceu livre, rente à segunda trave, para aproveitar sobra de Maciel e empatar. 1 a 1.

Enquanto os amazonenses exageravam nas faltas, o Tricolor mostrava um bom toque de bola e futebol objetivo. Aos 31, o atacante Maciel, campeão da Liga dos Campeões da Europa pelo Porto (Portugal), comandado por José Mourinho, efetuou bela cabeçada, mas o destaque do primeiro tempo, Naílson, executou boa defesa. Aos 39, Naílson apareceu novamente, seguro, após cobrança de falta de Baiano.

O Mequinha reapareceu na etapa inicial apenas aos 40. Cleiton Amaral puxou contra-ataque, ficou cara a cara com Jefferson, mas perdeu o gol. Porém o Madura teve a chance de virar o jogo nos instantes finais da etapa inicial. Aos 44, Alex recebeu ótimo cruzamento e mergulhou de peixinho. Naílson foi buscar no ângulo, com a ponta dos dedos, jogando a bola para escanteio. Na cobrança, Douglas Assis subiu mais alto que a zaga vermelha e carimbou o travessão.

MADUREIRA VIROU NO FINAL

O Madura, como no primeiro tempo, seguia com a iniciativa do jogo. Mas o centroavante Maciel continuava a perder vários gols de frente com o goleiro amazonense. O Tricolor ia a campo ofensivo e deixava espaços em sua retaguarda. Esperto, o Diabo, em rápido contra-ataque, perdeu ótima chance de marcar o segundo. Cleiton Amaral ficou cara a cara com Jefferson, chutou forte, mas o arqueiro fez ótima defesa à queima roupa, aos 11.

Maciel seguia chamando a atenção, mas não da maneira que gostaria. Aos 26, ele se jogou de forma bisonha dentro da área amazonense e nem levou cartão amarelo. Com muitas oportunidades criadas, o técnico Antonio Carlos Roy decidiu mexer no ataque. Obina, com aparência física semelhante ao do atacante do Atlético-MG, entrou no lugar de Serginho.

Apesar da maior posse de bola do Tricolor Suburbano e das boas chances criadas, além os rápidos contra-ataques do Mequinha, a partida ficou monótona na etapa final, sem grandes chances de gol.

Mas, quando as duas equipes já se mostravam satisfeitas com o empate, o Madura conseguiu o gol da vitória em jogada rápida. Rodrigo lançou Valdir pela direita, que avançou livre e bateu cruzado para virar o jogo, aos 40 minutos, sem chances para o goleiro Naílson, destaque do jogo.

FICHA TÉCNICA:

América-AM 1x2 Madureira-RJ
Local: Estádio Municipal Professor Dário Rodrigues Leite, Guaratinguetá-SP;
Data: 24 de outubro de 2010, domingo;
Horário: 15 horas (de Manaus);
Árbitro: Raphael Claus-SP
Assistentes: Vicente Romano Neto-SP e Alberto Poletto Masseira-SP
Público e renda: 57 pagantes/ R$ 405,00;
Gols: Cleiton Amaral (5 minutos do 1º tempo), Serginho (25 do 1º tempo) e Valdir (40 do 2º tempo).

América: Naílson; Catatau, Bigu, Santiago (Roseniro) e Rondinelli; Fofão, Diogo (Carlinho), Cleiton Amaral e Luiz Carlos; Felipe (Edinho) e Claílson. Técnico: Sérgio Duarte.

Madureira: Jefferson; Valdir, Pessanha, Douglas Assis e Baiano; Vinícius, Arthur, Rodrigo e Alex Silva (Caio Cezar); Maciel (Dudu) e Serginho (Obina). Técnico: Antonio Carlos Roy.

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