Por Giuliana Miranda - A enorme biodiversidade da Amazônia é velha conhecida dos cientistas, mas agora eles estão mais próximos de quantificá-la. Um novo relatório mostra que, entre 1999 e 2009, foram registradas 1.222 novas espécies na região - o equivalente a um novo achado a cada três dias.
Isso significa que, sozinha, a floresta amazônica revelou mais espécies do que a soma de outros biomas reconhecidamente biodiversos, como Bornéu e a bacia do rio Congo, no mesmo período.
Entre as novidades estão tipos de piranhas, macacos, papagaios, sapos, um boto-cor-de-rosa e até uma gigantesca sucuri. Os dados estão no relatório "Amazônia Viva!", que acaba de ser lançado pela ONG WWF.
O documento compila dados de oito países e da Guiana Francesa (território francês), locais por onde se estende o bioma amazônico.
O resultado só considera os vertebrados. De acordo com o relatório, "milhares de invertebrados documentados" ficaram de fora.
"O número impressionante de descobertas mostra que, se aumentarmos o esforço de pesquisa, temos potencial para localizar ainda mais espécies", afirma Mauro Armelin, mestre em ciências florestais e coordenador do Programa da Amazônia da WWF-Brasil.
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