Zico na sessão que celebrou os 15 anos do CFZ, seu time de futebol. Projeto quer restringir esse tipo de homenagem, pelo menos no Senado - Reinaldo Ferrigno/Senado
Sexta-feira, 21 de outubro. No plenário meio esvaziado da Câmara, a estrela é o ex-craque do Flamengo Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Não, não se trata de mais um ex-atleta que trocou os gramados pela política. Zico estava ali porque a Câmara fazia uma sessão de homenagem ao CFZ, o clube de futebol que ele criou no Rio, com filiais em Brasília e na cidade de Imbituba (SC). No Rio, o CFZ disputa a segunda divisão do campeonato estadual e sua posição no ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é 317º. Mas a Câmara, por iniciativa do deputado Miriquinho Batista (PT-PA), achou por bem gastar parte do seu tempo para prestar uma homenagem ao time.
A homenagem ao time de Zico é um exemplo do exagero dos parlamentares no uso do tempo do Congresso para realizar sessões solenes. Um abuso que poderá até continuar acontecendo na Câmara, mas que tem chance agora de ser coibido pelo menos no Senado. Em 19 de outubro, um projeto de resolução do Senado (PRS) aprovado sem alarde pela Mesa Diretora, por unanimidade, deve tornar, depois que for promulgado, muito menos frequentes as sessões especiais de plenário, quando personalidades, entidade, datas, efemérides e outros motivos são reverenciados. Trata-se do PRS 22/2008, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que estabelece novas regras para a realização desse tipo de evento, restringindo a duração das sessões e ampliando o período necessário para que um fato seja objeto de homenagem.
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