Bandeira colorida da Parada Gay rasgou durante
o evento, mas não desanimou a multidão que
tomou conta da Avenida Atlântica (Foto: EFE)
"A maior parte do ano a população LGBT vive dentro do armário, escondida, alijada de muitos direitos", disse o presidente da ONG, Julio Moreira. "Esse é o momento de falar, sim, existimos. Mesmo dançando, em festa, esse é um ato político", reforçou.
Cantando o Hino Nacional, a travesti Jane Di Castro abriu oficialmente o evento, comandado pelo Grupo Arco-Íris e Instituto Arco-Íris, com o apoio da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.
Cantando o Hino Nacional, a travesti Jane Di Castro abriu oficialmente o evento, comandado pelo Grupo Arco-Íris e Instituto Arco-Íris, com o apoio da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.
Fantasia
de super-herói faz sucesso na Parada Gay
O presidente do Grupo Arco-Íris, Júlio Moreira, promoveu um beijaço. “Vamos brincar e dar beijo na boca. Mas não vamos nos esquecer que coração não tem preconceito”, disse ele, lembrando os 266 homossexuais assassinados só no ano passado em todo o país.
Mães de homossexuais vieram na frente do desfile. “Tenho um filho que é gay. Aprendi a respeitar o outro”, disse a vendedora Verônica dos Reis Campos, 36 anos, moradora de Jacarepaguá, Zona Oeste. As fantasias divertiram os banhistas. Teve de tudo: Zé Carioca, Carmem Miranda, Hebe Camargo, Rainha do Silicone e até quem preferiu vir só com o corpo pintado.
Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
Mascarados ou de cara limpa, participantes carregaram a bandeira gigante do movimento gay que não resistiu e rasgou no desfile. A festa foi até as 21h, mas durante todo o dia, 100 mil pessoas foram atendidas em 11 tendas na orla, para obter serviços, como retirar Carteira de Trabalho ou tomar vacina contra hepatite B.
Desfile com choque de ordem
A praia mais famosa do mundo foi palco para anônimos e ativistas chamarem a atenção para a causa gay. Mulheres do grupo Femen Brazil pintaram os seios de verde e amarelo para protestar contra a homofobia. Fantasiados de Carmem Miranda e Zé Carioca, Kátya Furacão e Jourbert Moreno também defenderam a união civil entre homossexuais.
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