Há dois anos sem uma resposta da Corregedoria da PM, onde registrou uma denúncia de tortura contra o primeiro tenente Carlos Eduardo Silva de Oliveira e os soldados Eli de Souza Brito e Pedro Lauro de Menezes Neto, o jornalista Pedro de Freitas Braga Jr., 40, pelo menos, hoje, teve assegurada a devolução de sua Carteira Nacional de Habilitação, em audiência na 4ª Vara da Fazenda Pública.
Pedro se disse revoltado com a morosidade da corregedoria e também com o abuso de autoridade da diretora do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM), Mônica Melo, que, segundo ele, cassou a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), sem ao menos dar-lhe a chance de defesa, assegurada na Constituição Brasileira, na qual ele diz tanto acreditar.
“Ela me julgou, condenou e aplicou pena, quando determinou a apreensão e cassação da minha CNH, sem que eu pudesse me defender, uma vez que fui vítima, no mínimo, de abuso de autoridade, negligência e arbitrariedade desses policiais”, disse o jornalista.
Na primeira audiência realizada há um ano, os advogados de Pedro Jr. dicidiram não fazer nenhum tipo de acordo, senão o de ter a CNH de volta. A justiça já lhe foi favorável na questão de um possível crime, o de embriaguez, argumentado pelos policiais, uma vez que não foi feito exame de bafômetro, portanto, não há crime.
Na audiência de hoje, ocorrida às 9h30min, sob a presidência do juiz Márcio Rothier Torres, no Fórum Enoch Reis, o jornalista finalmente conseguiu do Detran-AM a garantia de que ele terá a sua CNH e a sua motocicleta devolvidas. Ambas, segundo Pedro Jr., foram apreendidas de forma arbitrária.
“Fiquei todo esse tempo andando de táxi, gastando dinheiro, o que me causou um grande transtorno. Quero apenas que os meus direitos, enquanto cidadão, sejam respeitados. Não mais que isso”, destacou o jornalista.
O Sindicato dos Jornalistas divulgou uma nota de repúdio, à época, contra a ação desastrosa dos policiais e a consequente atitude da diretora do Detran, Mônica Melo, que, segundo Pedro Jr. “parece ter comprado a briga de pessoas totalmente inidôneas, como os policiais que me abordaram em pleno viaduto, acusando-me de crimes que eu não cometi”.
PARA ENTENDER O CASO
No dia 15 de maio de 2008, Pedro Braga Júnior, que à época trabalhava no jornal “Amazonas Em Tempo”, foi agredido por quatro policiais militares no viaduto Miguel Arraes, por volta das 2h30min, quando se dirigia para sua casa, na Zona Sul. O caso foi denunciado na Corregedoria da PM, que começou a apurar o desvio de conduta dos policiais. O jornalista disse que vinha dirigindo sua motocicleta quando os policiais mandaram que parasse bem na parte superior do viaduto.
“Eles (policiais) disseram que era para eu encostar e assim que eu parei fui abordado com grosseria. Eu pedi que eles maneirassem porque eu estava devidamente habilitado, não era nenhum bandido e não estava fazendo nada de errado. Mas aí eles me mandaram calar a boca e começaram a me agredir verbalmente”, contou.
Segundo Pedro Jr., a sessão de humilhação continuou quando ele falou que sabia de seus direitos, ocasião em que os quatro policiais começaram a espancá-lo.“Eles começaram a me bater (na foto, o jornalista exibe a orelha com hematomas), me chutando e me mandando calar a boca. Depois jogaram meus documentos no chão para verificar minha identidade e, quando viram minha carteira do Sindicato dos Jornalistas, alegaram que eu estava embriagado e me levaram para a delegacia”, relatou.
Pedro Júnior foi encaminhado ao 12º Distrito Policial (DP), localizado ba avenida Professor Nilton Lins, no Parque das Laranjeiras, Zona Centro-Sul da cidade, de onde foi liberado 12 horas depois do ocorrido, às 14h, e teve de pagar fiança de R$415,00.
Com hematomas na cabeça e orientado por um advogado, o diagramador entrou com uma denúncia na Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Amazonas, alegando lesão corporal, constrangimento ilegal e abuso de autoridade.
QUER SABER A VERDADE ZACA, NAO DEU EM NADA PORQUE TEM OFICIAL ENVOLVIDO AI COMO EXISTEM OFICIAIS NA CORREGEDORIA E ESSA MOROSIDADE SE FOSSE PRAÇA JA ESTARIAM SEPULTADOS E EXCLUIDOSN DA PM.
ResponderExcluirSNIPER! " NUNCA ERREI UM ÚNICO TIRO "
ResponderExcluirProfessor Antonio Zacarias - Lí com muita atençao o relato de UM PAI DESESPERADO que em seu blog denunciou o ASSALTO que seu filho menor de idade sofreu no bairro do COROADO práticado por POLICIAIS MILITARES lotados no 11º DIP. Como também as investigações que este mesmo PAI realizou por sua conta e risco.
Com toda a certeza trata-se de um relato verdadeiro, pois a população não sabe a quem recorrer, a quem pedir socorro, tendo em vista Manaus estar sitiada de ASSALTANTES FARDADOS DA POLICIA MILITAR.
Este senhor que é jornalista foi tratado desta maneira, imagine alguem humilde do povo. Como será ?
No meu entendimento este jornalista sofreu crime hediondo, isto é TORTURA ! O pior é que guando fôra levado para o DIP, além de TORTURADO foi ASSALTADO pelo (a) Delegada (o)
de plantão no valor de R$ 415,00.
Pergunto: Estes Policiais tinham MANDATO DE BUSCA E APREENSAO para o seu veículo ? Esses mesmos Policiais Militares eram Agentes do Transito para ficar interceptando este ou aquele veículo ? Ou estavam apenas atrás de mais uma vítima para a sangria da chamada " PONTA " ? Havia no SISTEMA gerado pelo GIGANTE, pelo CIOPS ordem de apreensão deste veículo ? Ao chegar no DIP a(o) Delegado(a) de Plantão vericando as HEMATOMAS E ESCORIAÇÕES apresentadas pelo DETIDO por que não prendeu em FLAGRANTE toda a GUARNIÇÃO que apresentou o jornalista pela prática de TORTURA ? Por que a(o) Delegada(o) prevaricou ? Com a palavra o Delegado Corregedor Delegado Alberto Ramirez.
SNIPER! " NUNCA ERREI UM ÚNICO TIRO "
Sniper, parabéns pelo seu comentário sempre inteligente e justo, é isso aí, meu amigo, temos que condenar qualquer tipo de arbitrariedade.
ResponderExcluirConheço o Pedro Júlior, é um excelente profissional e um grande ser humano, não merecia sofrer as humilhações por que passou nas mãos desses policiais militares. Ainda bem que a nossa Justiça lhe deu ganho de causa.
ResponderExcluirCadê o coronel Dan Câmara que diz em seu programa de televisão que não tolera abuso de seus policiais? É tudo balela, isso sim.
ResponderExcluirMeu nobre, ja aconteceu com minha esposa em frente de minha casa. Policiais irresponsaveis e totalmente destreinados abordaram minha esposa com quatro tiros onde um pegou na porta traseira. Na deu em nada. a revolta é tão grande com esses caras. que ate hoje me pergunto, quem ira fazer nossa segurança, se temos policiais com esse caracter nas ruas. Acho que a imprensa é uma arma muito forte contra eles. Garanto que só assim é feito alguma coisa.
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