O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), líder do maior partido de oposição a Dilma Rousseff (PT) na Câmara, criticou a decisão da presidente de não priorizar a reforma da Previdência.
Para o tucano, a estratégia de não "queimar capital político" no início do governo inviabilizará o projeto. "É no começo do mandato que se acionam as grandes reformas e os compromissos assumidos com a sociedade", disse.
"Se [a presidente] não sinalizar a que veio, acabará entrando no arroz com feijão do governo e as coisas não vão andar", completou o tucano.
Dilma prefere concentrar esforços na aprovação de projetos vinculados à reforma tributária - a desoneração da folha de pagamento das empresas e outras propostas devem ser enviadas ao Congresso em fevereiro. O argumento do governo é que essa é a prioridade da agenda política.
Já a agenda da oposição começa a inflar com uma série de assuntos. Além de defender um salário mínimo de R$ 600, o bloco ficará "atento" à revisão da tabela do IR (Imposto de Renda), segundo Nogueira.
"O governo, por enquanto, está fazendo cara de paisagem para essa história. Vamos colocar o tema em debate logo no começo do ano legislativo [em fevereiro], se o Executivo não mandar projeto de lei ou medida provisória para o reajuste."
O PSDB, segundo o líder da legenda na Câmara, entende que o Imposto de Renda terá de ser reajustado pelo menos com base na inflação de 5,9%.
Liderança do PT na Câmara, o deputado Paulo Teixeira, não foi localizado para comentar as declarações do tucano. O presidente do partido do governo em São Paulo, o deputado estadual eleito Edinho Silva, defendeu as posições de Dilma.
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