Nem Romário, nem Popó, nem as parlamentares musas – calouras ou reeleitas – que tornam menos árida a paisagem dos salões e corredores do Congresso Nacional. Muito menos os principais caciques políticos, alvos preferenciais de repórteres em busca de notícias. Na posse dos novos congressistas, foi ele, Tiririca, o mais assediado pelos próprios deputados, pelos jornalistas, por funcionários da Câmara e pela infinidade de parentes de parlamentares e puxa-sacos profissionais que superlotaram na manhã de hoje as dependências do Senado e da Câmara dos Deputados.
Campeão de votos (mais de 1,3 milhão) e de polêmica nas eleições de 2010, o agora deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), 45 anos, mais conhecido pelo seu nome artístico, abrigou-se, após a cerimônia de posse, nos fundos do cafezinho da Câmara, esperando a multidão se dispersar para seguir mais ou menos livre de assédio até o seu recém-instalado gabinete. Livrou-se da turba que se concentrava fora do plenário, principalmente no salão verde e suas adjacências, mas não deixou de ser objeto de tietagem ostensiva.
Posou para fotos, distribuindo sorrisos. Também aceitou falar pelo celular com vários eleitores, aos quais mandava lembranças. Simpático e parecendo à vontade, era acompanhado da mulher, Nana Magalhães, e de dois assessores. Ali mesmo, Tiririca deu rápida entrevista, revelando-se otimista quanto ao futuro que a política lhe reserva: “Acho que vou me dar bem aqui”. Ele disse contar com a ajuda de outros deputados para aprender as manhas do ofício parlamentar. Ou, nas suas palavras: “Vamos aprender com a galera toda aí, com os veteranos, com os que estão chegando agora. Vamos aprender, se Deus quiser”.
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