VEREADORES NÃO TÊM AUTORIDADE MORAL PARA INVESTIGAR AMAZONINO MENDES

Defensor incondicional de Amazonino até dezembro
de 2010, Isaac Tayah agora quer investigá-lo.

Por Leonardo Rocha – Sejamos justos! O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Isaac Tayah, e nem um dos vinte outros vereadores que “fecham” com ele têm autoridade moral para criticar o prefeito Amazonino Mendes, e menos ainda para instalar Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigá-lo

Por quê? Ora, porque esses 21 senhores fizeram parte da administração municipal nos dois primeiros anos de mandato de Amazonino, justamente o período em que, segundo eles, podem ter ocorrido fatos incompatíveis com os ditames legais e com os princípios da moralidade pública.

Entendem agora por que afirmo que Tayah e os outros não têm autoridade moral para investigar o prefeito?

Note bem: se houve alguma bandalheira nos dois anos iniciais da atual gestão municipal, Tayah e seu grupo são tão culpados quanto Amazonino. Pelo motivo que citei no segundo parágrafo deste texto.

Veja o que diz a edição de sábado (05/02/2011) do jornal “A Crítica”:

“Isaac Tayah, até dezembro de 2010, era líder do prefeito no parlamento e por diversas vezes barrou qualquer tentativa de investigação da administração de Amazonino. Agora, fazendo oposição ao prefeito, ele defende uma investigação de todos os atos do Executivo e disse que só não teve essa postura antes porque ‘hoje o partido está mais libertado’” (sic).

Conversa fiada. Tayah pensa que os manauenses pertencem à família dos asininos para engolir tal justificativa.

Não, vereador Isaac Tayah, não foi nada disso do que Vossa Excelência está tentando enfiar goela abaixo da população.

É do conhecimento de todos que o senhor e os demais vereadores que também traíram Amazonino não levantaram a voz uma única vez contra ele, em seus dois anos de administração, porque viviam sugando dia e noite as generosas tetas da Prefeitura.

Quanto mais sugavam, mais queriam sugar. A voracidade era tanto que chegou o momento em que o prefeito, pensando no bem comum, precisou dizer “não” a Vossas Excelências.

Eis aí o verdadeiro motivo que os levou a se tornarem vira-casacas, como a sabedoria popular costuma nomear aqueles que não merecem confiança. Esse funambulismo seria digno de elogio se fosse produto de autocrítica, ou mesmo de uma crise de consciência.

Mas não foi. Vossas Excelências mudaram de opinião acerca do prefeito unicamente porque ele não permitiu que a gula dos senhores, que ele imaginava ter saciado com a farta distribuição de cargos na Prefeitura, se estendesse para o erário municipal.

Falta-lhes, portanto, como já dissemos, autoridade moral para investigar Amazonino.