Por Felipe Luchete - A pedagoga Maria Verônica Aparecida Vieira, 25, de
Taubaté (SP), está esperando quatro Marias para as próximas semanas, mas só
descobriu que a gravidez era de quádruplos um mês atrás.
O primeiro ultrassom mostrou apenas dois bebês. Em outubro,
"apareceu" mais um. Pelo tamanho da barriga, porém, a família já
desconfiava que vinha mais criança por aí.
Na 34ª semana de gestação (a gravidez dura cerca de 40 semanas), a
pedagoga precisa encomendar suas roupas, dorme "quase sentada" e tem
dificuldade para andar.
A professora Maria Verônica Vieira, 25,
grávida de quadrigêmeos, no Parque
Municipal das Nações, em Taubaté
grávida de quadrigêmeos, no Parque
Municipal das Nações, em Taubaté
E afirma que fica o tempo todo descalça porque, com os pés inchados,
eles "não entram nem Havaianas". Até o momento, Maria Verônica diz
ter engordado "apenas" 30 quilos.
SORTE
Dona de uma escola infantil, ela e o metalúrgico Kleber Eduardo Vieira,
37, são pais de um menino de quatro anos, Kauê, e vivem um caso raro.
A probabilidade de uma mulher ficar grávida de quadrigêmeos
univitelinos, sem tratamento, como neste caso, é de 1 para 658,5 mil, segundo o
obstetra Helvio Bortolozzi Soares, da Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia.
De acordo com ele, a gestação é de alto risco porque pode provocar
trombose e pré-eclâmpsia (aumento súbito na pressão arterial).
Em gestações múltiplas, diz o obstetra, o mais comum é que os bebês
nasçam com baixo peso e prematuros, até a 33ª semana de gestação.
"Ela tem sorte, ultrapassou o limite de prematuridade", afirma
Soares. "Se ela fizer um bom pré-natal, há chance de os quatro bebês
nascerem saudáveis, mesmo com o peso menor que o normal."
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