Foto:
Divulgação-Seind
Com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria
de Estado para os Povos Indígenas (Seind) 41 indígenas do povo Miranha criaram,
nesta semana, a Associação dos Povos Indígenas Desaldeados de Uarini (Apidu). A
nova organização tem como objetivo garantir o direito das populações que vivem
fora das aldeias, na área urbana de Uarini (a 568 km de Manaus).
A criação da Apidu é um dos resultados da oficina de
Associativismo e Cooperativismo, executada pela Seind entre os dia 29 de
novembro e 6 de dezembro no município do baixo rio Amazonas. A ação faz parte
do plano de trabalho da câmara técnica “Melhoria da Qualidade de Vida dos Povos
e Comunidades Indígenas”, do Comitê Gestor de Atuação Integrada entre o Governo
do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai), e beneficia mais de 800
indígenas Miranha.
Em princípio, a Apidu não tem coordenadores, mas uma
comissão foi criada para estudar o estatuto, que será encaminhado à assessoria
jurídica da Seind. Na secretaria, o documento será analisado, para que todo o
processo de regulamentação da entidade seja agilizado.
“A oficina foi solicitada por lideranças como Valder
e Valdir Miranha, que se mobilizaram para que tudo fosse feito de acordo com a
vontade das próprias comunidades”, informou o técnico do Departamento de
Etnodesenvolvimento da Seind, Ronisley Martins, que ministrou a oficina em
Uarini.
Gestão
compartilhada – Durante a oficina, os participantes
puderam diferenciar o associativismo convencional do indígena. Este último,
segundo Ronisley, vislumbra a valorização cultural dos indígenas, num processo
de gestão compartilhada entre as lideranças tradicionais, com obediência à
hierarquia do cacique, pajé, mulher mais antiga, professor e agente de saúde
indígenas.
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