O nome completo do delegado açusado de participar do sequestro-relâmpago de um comerciante no bairro da Cidade Nova I é Hipólito Menezes de Cordeiro, do 17º Distrito Integrado de Polícia, situado na Colônia Antônio Aleixo. Ele está foragido. Só não foi preso em flagrante, juntamente com o empresário José Tadeu, um segurança, um advogado e o investigador de polícia Edilberto Leonan, porque saíra do local do crime minutos antes da chegada da Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas.
O fato se deu no fim do dia de ontem, 18, mas somente hoje à tarde é que a Corregedoria lavrou o flagrante. José Tadeu, que é dono de vários postos de gasolina, e seu segurança, preso com uma arma de fogo, foram encaminhados para a penitenciária, enquanto Leonan foi conduzido para a carceragem da Delegacia-Geral da Polícia Civil. Quanto ao advogado, que, segundo informação não confirmada, se chama Absalão Júnior, a Corregedoria não revelou o lugar onde ele ficará preso. Todos foram indiciados por extorsão e cárcere privado.
O ex-policial civil Ubiracy Goes não participou do crime. Ele estava no local a convite da suposta vítima, que se chama Antônio Jhonson. José Tadeu disse, ao prestar depoimento, que Jhonson lhe vendeu um terreno que não era seu por R$ 240 mil. Ao localizar Jhonson, Tadeu pediu ajuda ao delegado Hipólito, de quem é amigo. Hipólito então chamou Leonan, com quem trabalha no 17º. DIP, e os dois seguiram, junto com Tadeu, seu advogado Absalão e o um segurança pessoal, para a loja de Jhonson, na avenida Timbiras, no Núcleo 2 da Cidade Nova I. Lá, Tadeu e o segurança, que portava um revólver, levaram Jhonson para o escritório e o mantiveram lá sob ameaça, enquanto as mercadorias da loja de Jhonson eram transportadas para um caminhão-baú de propriedade de Tadeu. O filho de Jhonson saiu furtivamente e acionou a Corregedoria, que foi ao local e deu voz de prisão aos envolvidos.
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