Por Antônio Zacarias - Já fazia um largo tempo que eu não tinha a honra e o júbilo de ser saudado por um dos maiores jornalistas do Brasil. Ao abrir minha caixa de mensagens, ontem, eis que estava lá uma gentil saudação (veja abaixo), a mim endereçada por José Maria Pedrosa Castelo Branco. Este é o nome dele, um nome que é sinônimo de ética, talento, competência, lealdade e transparência.
Castelo Branco é dono do jornal “REPÓRTER”, criado por ele e pela sua igualmente ética, talentosa, competente, leal e transparente companheira Joaquina Marinho da Gama, que Deus a levou para junto dele há pouco mais de um ano. Castelo Branco a amava (e certamente ainda a ama) com um amor tão grande, tão incomum, tão singular, tão raro, que talvez no decorrer do próximo século não surja sentimento igual no planeta Terra. Não, não se trata de nenhuma hipérbole. Quem teve o privilégio de privar da amizade deles sabe muito bem disso. Dava inveja de ver!
A pedido desse jornalista extraordinário e ser humano mais extraordinário ainda, transcrevo a seguir texto de sua lavra, em que homenageia a sua amada. O texto foi veiculado em o “REPÓRTER” desta semana. Leia-o, após a saudação, é uma belíssima homenagem.
Meu companheiro Zaca:
Já faz tempo - desde o envio de um material jornalístico publicado pelo REPÓRTER - que não procuro, embora, diariamente, acesse o blog do Antônio Zacarias para o meu deleite e satisfação pessoal. Retorno, hoje, para o meu abraço e para colocar a tua disposição singela homenagem anexa a minha querida e saudosa Joaquina Marinho que, há um ano, seguiu para o plano espiritual. Se formos dignos do teu apreço peço-te tão somente que releves as impropriedades encontradas no texto. Castelo Branco
JOAQUINA NÃO MORREU
Por Castelo Branco - Escrever textos eruditos que possam causar impactos emocionais a um grupo seleto de pessoas que o possam entender sempre agradou aos editorialistas deste jornal. Hoje, nesta edição, teríamos muitos motivos para esse tipo de comunicação. Todavia, hoje também é um dia que o coração deve falar mais alto que tudo. Temos razão para esse sentimento. É que segunda-feira, 20 de setembro, a nossa querida fundadora, jornalista Joaquina Marinho da Gama, está completando 1 ano de sua passagem para o plano espiritual. Este semanário está de luto, mas temos certeza, em boa companhia, porque a presença da sua fundadora nunca se afastou do REPÓRTER.
Falar de Joaquina é o mesmo que contemplar este jornal nas suas lutas diárias, nas suas caminhadas, às vezes cruéis, sempre preocupado na defesa dos melhores princípios do jornalismo e da boa informação.
No momento em que expomos o nosso sentimento aos leitores do REPÓRTER, com os corações de todos que laboram nesta casa – e não há exagero em dizer -, sangrando, queremos lembrar as palavras sábias do grande filósofo Hegel, em sua obra “A fenomenologia do espírito”, que diz: “Para se conhecer verdadeiramente uma obra de cultura é necessário, primeiramente, que se desencarne o espírito que está encarnado nela”. No REPÓRTER, sem dúvida, o grande Hegel está encarnado no espírito de Joaquina Marinho, e esse espírito jamais o abandonará. Conhecendo-lhe a trajetória, o REPÓRTER tem mostrado a sua tenacidade, a sua bravura, o seu sentimento resolutamente ético diante das causas que defende.
Na caminhada do REPÓRTER e de Joaquina registram-se momentos de alegria, de júbilo, de conforto espiritual, e sobretudo, daquilo que se pode denominar de trajetória humana, a exemplo, da nossa pranteada e homenageada Joaquina, quando sucumbia em leito de dor, recebia a sentença perversa e cruel de um homem que se dizia representante do povo e que este jornal provou que não era: “Aquela ali vai morrer. Ela tem câncer”. E sabem por quê? Porque foi a Joaquina, com o seu dom de repórter investigativa, que descobriu e denunciou o escândalo denominado “Prodente”, que culminou com a cassação dele.
Enganou-se, contudo, o sádico politiqueiro. Joaquina não morreu. Hoje estamos aqui, alegres e com o seu espírito presente, dispostos a lutar, porque essa é a nossa razão de viver. Aqueles que enganam o povo, sim, como esse ex-deputado, como outros mais. Esses já morreram e, como dizem os mais jovens, esqueceram de enterrá-los.
Somos compreensíveis diante da história e dos homens que a fazem. Afinal, não se pode mudar o seu curso. Tudo bem, mas vamos continuar. Joaquina, o REPÓRTER és tu. VIVA a Joaquina, viva o REPÓRTER, VIVA para sempre.
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