Por Antônio Zacarias - A vida humana parece não valer muita coisa para os jornais “Diário do Amazonas” e “A Crítica”. É o que se deduz do pouco destaque que ambos estão dando ao desaparecimento dos dois trabalhadores no porto Chibatão e das três crianças em Manacapuru. Estão mais preocupados com os aspectos materiais e as causas dos dois deslizamentos de terra do que com as vítimas. Talvez por causa da condição social delas; talvez não, é justamente por isso.
Basta ver as manchetes, em letras garrafais, dos dois jornais. Falam de tudo - do risco de novos desabamentos, dos prejuízos, da ausência de licença ambiental, da falta de insumos para o PIM, da possibilidade de desabastecimento do comércio -, menos das vítimas, sempre tratadas em segundo plano, num comportamento típico dos amantes do capitalismo selvagem.
Nunca, enquanto a morte não me emudecer, deixarei de condenar a prevalência de bens materiais sobre a vida.
O QUE A GENTE PODE ESPERAR DE UM JORNALISMO "PARCIAL"???
ResponderExcluirJá se foi a época em que A Critica era jornal de verdade, de transmitir a notícia de forma imparcial. Hoje em dia só divulga notícias que convém e que não desagradem os interesses de poderosos e abastados. Prova disso foi o lamentável fato da morte do policial civil Hailen Caldas, no fim do ano passado, crime esse perpetrado por um "figurão" da sociedade. Eu, que não sou leso nem otário, já deixei de comprar o tal "jornal" há muito tempo.
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