Por Maurício Savarese - Em discurso no plenário do Senado no começo da noite desta terça-feira (16), o presidente do PR e ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, confirmou que a legenda deixou a base aliada do governo federal e que agora é "independente".
"Manteremos a atitude responsável, mas atuaremos de forma independente", afirmou. Nascimento disse também que a legenda abre mão de todos os cargos na administração federal, deixando a decisão de afastamento de indicações para a presidente Dilma Rousseff.
Mais cedo, ao anunciar a saída do PR da base aliada do governo, os dirigentes do partido afirmaram que caberia às bancadas dos Estados decidirem se os cargos deveriam ser entregues ou não.
O partido tem cargos de segundo escalão e o comando dos Transportes, com Paulo Sérgio Passos - apesar de o mesmo ser considerado escolha pessoal de Dilma e não cota da legenda.
Com a saída do PR da base, o governo federal deixa de contar com o voto certo de 42 deputados e seis senadores. No Senado, PR é a quarta maior bancada, empatado com o PTB: os dois têm seis senadores. A maior bancada é a do PMDB, com 20 parlamentares. Saindo de um bloco de partidos governistas na Câmara dos Deputados, o PR terá a sexta maior bancada da Casa, com 42 parlamentares. À frente estão PT (86), PMDB (80), o bloco PSB, PTB e PC do B (68) e os oposicionistas PSDB (53) e DEM (43).
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu que o Palácio do Planalto negociará o apoio do PR caso a caso.
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