SEBASTIÃO REIS E SEBASTIÃO RAPOSO MORRERAM DE OVERDOSE DE COCAÍNA

Eis aí a verdade, nua e crua, sem subterfúgios. Os veículos de comunicação do Amazonas omitiram essa informação do leitor, motivados pelo espírito de corpo, prática que eles condenam com veemência quando usada para acobertar fatos ou para proteger alguém contra a ação punitiva do Estado. Esse comportamento da mídia em relação aos dois jornalistas não é moralmente aceitável, uma vez que ela jamais ocultaria tal informação em se tratando de cidadãos comuns.

Sebastião Reis (foto) e Sebastião Raposo eram dependentes químicos, todos que conviveram com eles sabem disso. Ao lado do corpo de Reis, no apartamento onde morava sozinho, a Polícia Civil encontrou cocaína. Ele teria sofrido um ataque cardíaco fulminante após passar a noite consumindo a droga. Reis foi editor dos jornais A Crítica e Amazonas em Tempo. Foi repórter especial do jornal O Estado de São Paulo. Sem dúvida, um profissional brilhante e talentoso. Trabalhamos juntos no extinto jornal A Notícia, cujo dono era Andrade Neto; foi durante a censura prévia à imprensa, quando era ostensiva a presença de censores nas redações dos jornais. Dias difíceis aqueles, que enfrentamos com dignidade.

Sebastião Raposo também passara por diversos jornais, inclusive a A Crítica. Morreu dormindo ao lado da esposa, Lênin, após os dois consumirem cocaína o dia inteiro e parte da noite, em um motel da cidade. Raposo era assessor de imprensa do então candidato a prefeito de Manaus, Serafim Correa, que tentou atribuir a sua morte ao desgaste emocional que supostamente sofrera em função dos sistemáticos ataques de Amazonino Mendes à honra do adversário.

Quando bebia e cheirava cocaína, Raposo ficava agressivo e, não raro, batia na mulher, de quem morria de ciúmes. Os parentes de Lênin o acusavam de tê-la viciado em cocaína e álcool, com o propósito de controlá-la, já que ela dependia financeiramente dele.

Antes de concluir o mandato, Serafim Correa batizou uma escola municipal com o nome de Sebastião Raposo.

Aqui, no nosso “blog”, não ocultamos fatos dos leitores, mesmo que eles tragam sofrimento.