terça-feira, 25 de maio de 2010

MOA JÁ ESTÁ EM MANAUS PARA FALAR DO SUPOSTO PLANO PARA MATAR A JUÍZA JAIZA FRAXE

Moacir Jorge, o Moa, já está em Manaus para depor amanhã, quarta-feira, no processo que apura um suposto complô para matar a juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, mulher do delegado da Polícia Civil do Amazonas, Rogério Tavares, que também deverá prestar depoimento ao juiz federal Jorge Gustavo Serra Macêdo da Costa, de Monte Claro, Minas Gerais. Outras quatro testemunhas também deverão ser ouvidas até sexta-feira. Moa está preso na penitenciária de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.

O horário e o local onde Moa será ouvido não foram revelados pela Justiça Federal, já que ele, segundo a polícia, corre risco de vida por causa das denúncias que fez contra o ex-deputado estadual Wallace Souza e vários policiais civis e militares, supostamente envolvidos numa organização criminosa que seria responsável por inúmeros homicídios e também por tráfico de drogas na capital. Também será ouvido esta semana, possivelmente na quinta-feira, o escrivão de polícia Bosco Sarraf, que está preso na carceragem da Delegacia-Geral da Polícia Civil, por determinação do juiz Jorge Gustavo.

Está sendo aguardado com grande expectativa o depoimento do delegado Rogério Tavares. A expectativa em torno do depoimento dele é porque existem vários pontos obscuros sobre as circunstâncias que culminaram com a revelação da carta que trouxe à tona o possível plano para matar a juíza. A Justiça e os advogados de defesa dos acusados vão querer saber do delegado, por exemplo, por que ele pediu ao escrivão de polícia Bosco Sarraf para entregar cópias da carta a Wallace Souza e ao subsecretário de Segurança Pública, coronel PM Paulo Roberto Vital, e não ao secretário de Segurança, Francisco Sá Cavalcante. Rogério Tavares terá também que explicar por qual razão ele revelou a existência da carta, já que esta era objeto de investigação por parte da Polícia Federal, que chegou a instaurar inquérito para apurar os fatos nela relatados, tendo depois arquivado o inquérito por falta de provas. Outra pergunta: o que Rogério Tavares pretendia ao pedir que Bosco Sarraf entregasse cópia da carta a Wallace e ao coronel Vital?

O que também precisa ser esclarecido, tanto pelo Polícia Federal como pela força-tarefa, são os motivos de não terem sido apuradas as outras denúncias – gravíssimas, diga-se de passagem – contidas na carta. Nela, revela-se a existência de uma organização criminosa dentro da Polícia Militar, que seria responsável por furto de combustível e compra fraudulenta de fardamento para a corporação, entre outros crimes igualmente graves. A carta aponta o coronel Freitas, que morreu logo depois das denúncias, como o chefe da organização. A morte repentina de Freitas chegou a suscitar dúvidas se ele tinha realmente morrido de causas naturais ou se teria sido vítima de queima de arquivo.

No processo que apura a suposta trama para matar Jaiza Fraxe há pelo menos um depoimento que parece meio fantasioso, para não dizer mentiroso. Trata-se do depoimento do coronel José Arimathéa Moura e Silva, o homem que pôs no Correio a carta-denúncia endereçada a Jaiza Fraxe e a outras autoridades. O militar disse à Justiça que em 2007, ao chegar ao quartel, encontrou em suas mesa entre 6 e 8 cartas em envelopes fechados, com a seguinte indagação: “Tem coragem de entregar?”. Sem abri-las, correu para uma agência dos Correios, no bairro da Cachoeirinha, e postou todas elas, com dinheiro do próprio bolso.

Falemos sério: esse relato do coronel não convence nem mesmo o mais leso dos seres humanos. Não está vendo que alguém vai receber um monte de cartas lacradas, ainda por cima com um aviso (“Tem coragem de entregar?”) que aguça a curiosidade, e não vai abrir umazinha sequer! Coronel, uma criança teria inventado uma história infinitamente melhor. Essa lambança toda nos empurra para uma conclusão que, a nosso ver, parece óbvia: o autor da bendita carta é o próprio Arimathéa, que resolveu criar essa “brilhante” história para não se envolver mais profundamente no que se convencionou Caso Wallace. O que você acha, arguto leitor? Dê sua opinião.

2 comentários:

  1. É FACIL DE SE ILUCIDAR !

    Todas as gravações do caso WALLACE SOUZA foram montadas !

    O que tem que fazer os advogados dos acusados no caso Wallace Souza é solicitar na justiça que elas lá sejam apresentadas, em seguida buscar suas autenticidades junto aos setores competentes neste País. Fazendo assim apresentar também as autorizações legais ofertadas pela JUSTIÇA para que assim fosse feito os grampos nos telefones dos acusados e suspeitos e quem foram os seus algozes, isto é quem colocou os grampos e a pedido de quem ? !

    Pronto Elucidamos a IMORALIDADE !

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  2. *** Favor Manter o Anonimato da Fonte ***

    Prezado Antônio,

    Um bom furo de reportagem pode ser dado por você. No endereço abaixo você terá acesso aos detalhes da Operação Saúva que foi realizada pela policia federal e que culminou com a prisão e o indiciamento de algumas autoridades do Estado. Lembro que este não é o processo principal, mas é um Habeas Corpus que anexou material suficiente para conhecermos tudo sobre o caso. Chamo a atençao para o demoimento do Senhor Afonso Lobo que ocupava o cargo de subsecretário da SEFAZ à época e que ainda hoje tem livre acesso ao gabinete do Governador. Vale a pena dar destaque à folha 105/125 do apenso 2.

    O material é volumoso, mas trás cada informação que a sociedade Amazonense precisa conhecer.

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2686206


    Acompanhamento Processual
    [Ver peças eletrônicas]
    HC 99626 - HABEAS CORPUS
    Origem: AM - AMAZONAS
    Relator: MIN. ELLEN GRACIE
    PACTE.(S) AFONSO LOBO MORAES
    IMPTE.(S) AFONSO LOBO MORAES
    ADV.(A/S) EUSTÁQUIO NUNES SILVEIRA
    COATOR(A/S)(ES) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA



    Amigo Anônimo da SEFAZ

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