quarta-feira, 2 de junho de 2010
FILHO DE DEPUTADO FEDERAL ENTRA NO RIO NEGRO PARA NADAR E DESAPARECE
O advogado Pedro Yamaguchi Ferreira (foto), 27 anos, está desaparecido desde a tarde de terça-feira (1º), quando entrou no Rio Negro para nadar, em São Gabriel da Cachoeira (AM), local conhecido como "Cabeça de Cachorro". Ele é filho do deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP), que viajou para a região, nesta quarta-feira (2), para acompanhar as buscas.
Segundo informações do gabinete do deputado, em São Paulo, Paulo pediu o apoio da Marinha e do Exército para ajudar na localização do filho. A Capitania dos Portos do 9º Distrito Naval da Marinha informou que estão sendo usados botes e lanchas na tentativa de localizar o advogado desaparecido. De acordo com a Polícia Federal (PF), um agente e uma equipe do Exército também participam do trabalho de buscas.
O escritório político do deputado informou ainda que Pedro atuava como advogado da Pastoral Indigenista na Diocese de São Gabriel da Cachoeira desde fevereiro deste ano.
De acordo com a assessoria do político, Pedro está desaparecido desde que saiu para tomar banho no Rio Negro. Ele não retornou para casa nesta terça-feira e não deixou informações sobre seu paradeiro.
Nesta época do ano, a região fica chuvosa e a correnteza do Rio Negro costuma ficar mais forte. "Algumas pessoas que estavam no local quando ele [Pedro] foi levado pela água tentaram ajudá-lo, mas não conseguiram chegar perto dele. Estamos confiante de que ele está bem", disse o padre Jorge de Oliveira Gonçalves, da diocese de São Gabriel da Cachoeira.
Perfil
No blog do pai, Pedro publicou, em 22 de fevereiro, sua despedida de São Paulo antes da partida para São Gabriel da Cachoeira. No post, ele disse que iria trabalhar em uma experiência missionária e que a decisão da viagem era fruto de um antigo desejo.
Em São Paulo, ainda de acordo com o blog, Pedro atuou por três anos na Pastoral Carcerária. Antes da viagem, uma missa foi realizada, no dia 25 de fevereiro, na Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, em comemoração pelo envio do advogado para São Gabriel da Cachoeira.
Segundo Gonçalves, o advogado deveria ficar por cerca de três anos em São Gabriel Cachoeira. "Ele ajudava toda a comunidade local, que é basicamente composta por indígenas, com todo tipo de documentação jurídica. Apesar de estar aqui desde fevereiro, ele já era bem querido pelos moradores."
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