sábado, 9 de outubro de 2010

PRESSIONADOS, PATRÕES DECIDEM NEGOCIAR COM BANCÁRIOS


Dez dias depois do início da greve, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) pediu uma rodada de negociação com os bancários, que foi marcada para este sábado (9), a partir das 11h, em São Paulo, segundo informações da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores).

O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, afirmou que espera uma boa proposta para a categoria encerrar a paralisação.

“Os bancários estão mostrando a força de sua mobilização, fazendo a greve mais forte dos últimos 20 anos, que fechou 8.280 agências. Esperamos que a Fenaban apresente uma proposta global decente, que atenda às reivindicações da categoria em relação a remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho e segurança”, declarou Cordeiro.

Para pagar as contas, as alternativas são os caixas automáticos e o internet banking. Praticamente todos os bancos trabalham com caixas eletrônicos para operações como saques, depósitos e pagamentos de contas.

Mesmo com a greve, também estão mantidos o internet banking e o telefone banking. Se os usuários preferirem, podem ir a casas lotéricas, supermercados, farmácias e postos de combustíveis, locais onde há caixas eletrônicos.

REIVINDICAÇÕES

Os empregados das instituições financeiras reivindicam reajuste de 11% nos salários, mas a Fenaban (que representa os patrões) ofereceu repassar 4,29% de aumento, valor que representa apenas a reposição da inflação acumulada de setembro de 2009 até agosto passado.

Além do reajuste, os bancários querem elevação do piso salarial, aumento do PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mais segurança contra assaltos e sequestros, e mais contratações e medidas para cuidados da saúde, com foco no combate ao assédio moral.

O OUTRO LADO

Desde os primeiros dias da greve, a Fenaban mantém em seu site um comunicado no qual afirma que o movimento sindical "abandonou a mesa de negociações, apesar da Fenaban ter garantido reposição da inflação a fim de negociar aumento real.

A entidade afirma ainda que "respeita o direito de greve", mas não admite "piquetes contratados que barram o acesso da população às agências e postos bancários para impor uma greve abusiva".

A nota diz que a Fenaban aceita discutir reajuste real dos salários, mas não aceita "um índice exagerado como o pleiteado pelos sindicatos".

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