As mulheres já representam 47% de participação no mercado de trabalho, 38% estão no comando das famílias em todo o Brasil, sendo que em Manaus 40% delas chefiam suas famílias, mas nos parlamentos elas representam apenas cerca de 10%, uma realidade que pode ser mudada com a reforma política em discussão no Congresso Nacional. E com reserva de um porcentual do fundo partidário para ser aplicado na preparação política de mulheres filiadas a partidos e querem ser candidatas.
Diversos são os motivos para a tímida participação das mulheres não apenas nos parlamentos, mas também no Executivo: só em 2010 o Brasil elegeu a primeira mulher como presidente (Dilma Rousseff) e nas 27 unidades da federação, apenas três mulheres são governadoras.
O assunto foi discutido ontem, segunda-feira, 16, no plenário Ruy Araújo, da Assembleia Legislativa, sob o tema “As mulheres e a reforma política”, evento conjunto da deputada Conceição Sampaio (PP) e da vereadora Lúcia Antony (PCdoB), ambas presidentes da Comissão dos Direitos da Mulher nas respectivas casas legislativas.
Da audiência pública, presidida pela deputada Conceição Sampaio (PP), presidente da Comissão dos Direitos da Mulher e das Famílias, participaram a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), deputada federal Rebecca Garcia (PP), vereadoras Lúcia Antony (PCdoB) e Socorro Sampaio (PP), prefeitos e vereadores do interior, além de autoridades do governo estadual lideranças de movimentos sociais.
Também participaram o presidente da Casa, Ricardo Nicolau (PRP), Josué Neto (PMN), Abdala Fraxe (PTN), Sinésio Campos (PT), Washington Régis (PMDB), José Ricardo (PT), Marcelo Ramos (PSB) e Vera Lúcia Castelo Branco (PTB). A prefeita de Pauini, Marisa Barroso da Costa, representou as Câmaras Municipais. O prefeito de Tabatinga, Saul Nunes, também esteve presente, assim como as vereadoras Vanessa Gonçalves (Parintins) e Elenise de Holanda (Itacoatiara).
Lúcia Antony, a primeira que ocupou a tribuna, lembrou que a maioria do eleitorado no Brasil é feminino e o fato de que somente 10% de mulheres tenham assento nos parlamentos deve- se “ao véu de invisibilidade sobre a mulher”, que ela imagina tenha sido retirado quando da eleição de Dilma Rousseff.
A deputada federal Rebecca Garcia declarou ter ficado satisfeita com a informação divulgada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), de que aumentou o número de filiação de mulheres no interior do Amazonas. Para ela, esse é o primeiro e importante passo. “A sociedade precisa ser representada, na política, por homens e mulheres para, juntos, construírem um país melhor”, destacou Rebecca.
A vereadora Socorro Sampaio definiu como “uma guerra” a reforma política e entende ser necessário que as mulheres recebam apoio financeiro (do fundo partidário) e também dos companheiros (maridos) para uma empreitada na política.
A deputada Vera Lúcia Castelo Branco (PTB), por exemplo, lembrou que, há 20 anos, ao ingressar na polícia, por meio de concurso, e se tornar delegada, sentiu de perto o preconceito dos homens policiais. Na época, havia apenas duas mulheres no cargo de delegada.
Fonte: Diretoria de Comunicação da ALEAM
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