Os dados constam da pesquisa Síntese de Indicadores
Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2012, que o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgando hoje
(28).
No caso das mulheres, o maior aumento foi observado
na Região Nordeste (39,6%) e, entre os trabalhadores informais, na Região
Centro-Oeste (31,1%). Segundo o IBGE, a desigualdade de rendimentos entre
homens e mulheres tem se reduzido nos últimos anos, mas as mulheres ainda
recebem menos que os homens – em média 73,3% do rendimento deles.
Outra constatação da pesquisa do IBGE é a de que,
entre trabalhadores com maior nível de escolaridade (12 anos ou mais de
estudo), a desigualdade de rendimentos por gênero é mais elevada, já que as
mulheres recebem apenas 59,2% do rendimento referente aos homens.
Na Região Nordeste, a desigualdade de rendimentos
por gênero neste grupo de escolaridade é ainda mais elevada e as mulheres
chegam a receber apenas 57,4% do rendimento dos homens. No Piauí, por exemplo,
as mulheres com nível superior completo ou incompleto chegam a receber menos da
metade (47,5%) do rendimento dos homens com a mesma escolaridade.
A desigualdade por cor ou raça também é visível a
partir dos dados do estudo. O rendimento médio dos trabalhadores pretos ou
pardos com mais de 16 anos equivale a 60% do rendimento médio da população
branca nessa mesma faixa etária. A situação, no entanto, já foi mais grave. Em
2001, o rendimento de pretos ou pardos era 50,5% menor do que o recebido pelos
trabalhadores de cor branca.
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