quarta-feira, 12 de maio de 2010

9 ALIMENTOS QUE PROLONGAM A VIDA


A máxima “você é o que você come” nunca foi tão atual. Graças aos avanços científicos e à tecnologia aplicada, que permitiram isolar componentes bioativos dos alimentos, examinando sua ação sobre o metabolismo celular, crescem as evidências de que uma dieta balanceada pode produzir efeitos fisiológicos positivos para a saúde. E não se trata apenas de fornecer nutrientes que funcionam como matéria-prima para os processos vitais do organismo.

A escolha correta dos ingredientes, na hora de montar cada uma das refeições, pode ser uma medida importante para combater doenças crônico-degenerativas que estão se tornando epidemias graças ao estilo de vida moderno, como o colesterol alto e as complicações cardiovasculares que dele podem resultar. E muito embora todos os alimentos tenham lá suas propriedades benéfi cas, quando consumidos em doses adequadas, alguns vêm se destacando por conterem compostos capazes de favorecer o organismo como um todo, protegendo, em especial, um órgão ou sistema cujo funcionamento é de vital importância para todos os outros.

Médicos listaram os ingredientes que você pode consumir regularmente, se quiser garantir mais longevidade e qualidade de vida nos anos que terá pela frente. Eles atuam sobre o corpo todo, mas cada um tem função especial sobre órgãos como o cérebro, o coração, o pulmão, o intestino, o fígado, o estômago, a pele, os ossos e os olhos.

Se usados com frequência, e na medida certa, os alimentos funcionam como verdadeiros medicamentos. É bem verdade que os resultados aparecem em longo prazo. De qualquer forma, esses elementos naturais, como o nome indica, não oferecem contraindicações e podem ser amplamente consumidos. O que signifi ca que você pode começar já a usufruir de todos os benefícios. Basta sentar-se à mesa.

Assim como outros peixes de água fria, ela é rica em ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA), reconhecidos por seu poder antioxidante, anti-inflamatório e antiaterosclerótico. “Esses ácidos aumentam a atividade cerebral, modulam a hiperatividade e a depressão e ainda melhoram o desempenho cognitivo”, explica a nutricionista Andréia Naves, diretora da VP Consultoria Nutricional. Isso tudo porque a gordura do bem, da qual a sardinha é uma das mais ricas fontes, serve para encapar os neurônios, protegendo-os e facilitando a comunicação entre eles.
“O cérebro humano é constituído de 65% de gordura, sendo a maior parte composta por DHA, substância fundamental para a constituição do córtex cerebral”, diz a nutróloga Jane Corona. Para o neurologista Paulo Bertolucci, chefe do setor de Neurologia do Comportamento da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), é a capacidade de reduzir a concentração de radicais livres no organismo o que faz do peixe um alimento-chave para prevenir e auxiliar no tratamento de problemas relacionados à estrutura cerebral. “Graças à sua função antioxidante, ele diminui consideravelmente as lesões nos neurônios”, garante. Para ajudar, é um alimento barato e facílimo de encontrar.
O ômega-3, do qual a sardinha é uma rica fonte, serve para encapar os neurônios, protegendo-os e facilitando a comunicação entre eles.





Ação em outras partes do corpo
Os ácidos graxos da sardinha também fazem bem a outras partes do corpo, além do cérebro. “O consumo regular de peixes ricos em ômega-3 pode diminuir em até 40% o risco de problemas cardiovasculares”, avisa a nutricionista Ana Carolina Moron Gagliardi, doutora em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (InCor/ HC-FMUSP ). No pulmão, essas substâncias melhoram a transferência de oxigênio em pessoas com insuficiência respiratória ou em fumantes. A suplementação de ômega-3 em fumantes pode auxiliar na prevenção da doença pulmonar obstrutiva crônica, a DPOC . Os ácidos graxos também auxiliam na proteção das células fotossensíveis dos olhos, prevenindo contra a degeneração da mácula — a parte da retina que é responsável pela percepção dos detalhes. Por fim, a vitamina D, presente na sardinha, também auxilia na absorção intestinal do cálcio e do fósforo ingeridos pela alimentação, essenciais para a saúde dos ossos.


Quanto você precisa consumir
O ideal é consumir 150 gramas — o equivalente a 1 filé de peixe médio — pelo menos uma vez por semana. Opte sempre pelo alimento cozido, assado ou grelhado. “No processo de fritura, há uma alteração na molécula de ômega-3, o que diminui suas propriedades antioxidantes. O excesso de óleo também faz que o alimento se torne muito calórico”, adverte o nutricionista Ricardo Zanuto, doutor em Fisiologia e Biofísica. Ervas e especiarias, como coentro, sálvia, tomilho, entre outras, aumentam a ação benéfica do peixe no organismo e ainda valorizam o sabor do prato. “Uma boa pedida é acrescentar um fio de óleo de gergelim quando a sardinha já estiver pronta para o consumo. Ele potencializará a atividade do ômega-3”, ensina Andréia Naves.


Azeite de oliva, aliado especial do coração

Por que faz bem?

Considerado um elemento fundamental no combate às doenças cardíacas, o azeite de oliva, principalmente o extravirgem, apresenta uma grande quantidade de gordura monoinsaturada que não se converte em colesterol. “O alimento ajuda a reduzir os níveis do LDL (colesterol ruim) no organismo, minimizando os riscos de sofrer de problemas como a aterosclerose, o infarto agudo do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais”, diz o nutricionista Ricardo Zanuto. Para a cardiologista Ana Carolina Gagliardi, os polifenóis presentes no alimento também comprovam seu poder terapêutico.

“Eles reduzem a formação de radicais livres, atuando como antioxidantes que agem beneficamente em todo o corpo, até mesmo no coração”, explica. Os radicais livres são substâncias que, quando encontradas em excesso no organismo, podem ser muito nocivas à saúde. Eles são responsáveis pelo processo de envelhecimento e pelo aparecimento de doenças degenerativas, como o câncer. Uma pesquisa realizada pelo Hospital da Universidade Rainha Sofia, na Espanha, também apontou as vantagens dos polifenóis para a saúde dos vasos sanguíneos. Segundo o estudo, o composto melhora a função endotelial, ou seja, da camada interna que reveste os vasos sanguíneos. O impacto é positivo para a circulação.

O azeite de oliva extravirgem é rico em gordura monoinsaturada, que ajuda a reduzir os níveis do LDL (colesterol ruim) no organismo, minimizando os riscos de um infarto agudo.


Ação em outras partes do corpo

O azeite fornece energia e ácidos graxos essenciais para a formação e manutenção das paredes das células. “Essas gorduras são essenciais para a produção dos hormônios de crescimento, os sexuais e as prostaglandinas, substâncias parecidas com os hormônios, que regulam parte do metabolismo”, explica a nutricionista do Espaço N.O., Paula Crook. O alimento também viabiliza a absorção das vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K.


Quanto você precisa consumir
Dê preferência ao azeite extravirgem, cujo nível de acidez não ultrapassa 0,8% (a informação consta do rótulo). O consumo do alimento deve ser diário, basta que se acrescente 1 colher (sopa), em temperatura ambiente, a pratos prontos ou saladas. “Ele não deve ser usado para cozinhar ou fritar outros alimentos, já que o calor altera suas propriedades benéficas”, diz Ana Carolina. Também é importante tomar cuidado para não ultrapassar muito a quantidade diária recomendada para o consumo. “Para se ter uma ideia, uma única colher (sopa) de azeite tem aproximadamente 135 calorias. O excesso, portanto, favoreceria o ganho de peso e as doenças associadas à obesidade”, alerta Ricardo Zanuto. Para manter-se como uma opção saudável, o alimento precisa ser guardado em ambiente fresco e escuro. Depois de aberto, ele dura até três meses.

Um comentário:

  1. Ômega-3 barato e facil de encontrar está na semente de linhaça

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