O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) parece decidido a seguir o exemplo do atuante e imparcial Conselho Nacional de Justiça, embora devesse ser o contrário, já que aquele existe há muito mais tempo do que este.
Antes da criação do CNJ, pouco se ouvia falar no CNMP. Agora a realidade é bem diferente. Com a publicidade que ganhou da mídia, o órgão já é conhecido até mesmo entre as pessoas de pouca escolaridade. Bendito CNJ! Não fosse ele, talvez o CNMP ainda continuasse deslembrado.
Sua última decisão, de avocar o processo administrativo em que o promotor de Justiça Cândido Honório é acusado de roubo de cargas, caminhões e ônibus e de adulteração de documentos, teve grande repercussão na opinião pública do Amazonas, que hoje o vê com os olhos da confiança, do respeito e da admiração.
Amanhã, terça-feira, dia 27, o Conselho deverá tomar outra decisão de igual impacto: irá avocar (chamar a si) outro processo administrativo polêmico, aberto pelo Ministério Público do Estado. Nele figura como principal acusado o ex-procurador-geral Vicente Cruz (foto), que teria realizado uma gestão financeira fraudulenta durante o período em que dirigiu o órgão.
Em 2007, Vicente Cruz chegou a ser preso por suposto envolvimento em uma trama para assassinar o então procurador de Justiça Mauro Campbell Marques, hoje ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Cruz teria encomendado a morte de Campbell Marques, porque temia ser derrotado por ele na disputa pela chefia do Ministério Público. Cruz era candidato à reeleição.
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