Por Ateneia Feijó - Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgados semana passada mostram que em 2010 o desmatamento na Amazônia voltou a subir. Pior, diante de uma fiscalização mais intensa do Ibama, os contraventores estariam migrando para as matas virgens do Amazonas.
Quem conhece um pouquinho da região sabe que, mesmo temendo os fiscais, ribeirinhos isolados do mundo urbano gostam de derrubar árvores. Trocam a madeira por combustível fóssil... Para gerar luz dentro de casa e tocar o motor da canoa.
A troca ainda pode incluir uma graninha para a compra de roupa, um eletrodoméstico, café, sal, açúcar. Peixe, o rio dá. O resto vem do que é plantado e colhido para a subsistência. Na roça, num pedaço de terra desmatada. Ou na várzea. Para os ribeirinhos a floresta ainda é infinita.
Então, não basta reprimir: tem que educar. E criar oportunidades de obtenção de recursos que não sacrifiquem o ecossistema. Estou falando de habitantes de regiões preservadas que são usados por madeireiras ilegais. Uma tristeza.
Mas há notícias alegres também. Uma delas é de Paris. Refere-se à exposição fotográfica e ao lançamento do livro "Les gardiens de l'Amazonie", do fotógrafo brasileiro J.L.Bulcão e do designer francês Antoine Olivier; na galerie W Erik Landau, de 18 de janeiro a 22 de fevereiro, em Montmartre. O livro é editado pela associação Autres Brésils.
Bulcão e Olivier escolheram quatro temas para o roteiro amazônico: os seringais nativos, o guaraná dos sateré-mawé, os açaizais de Abaetetuba e as quebradeiras de coco-babaçu.
Daí as fotos na Natex, a primeira fábrica de camisinhas de "látex orgânico". Ela atende necessidades sociais e econômicas de seringais na Reserva Extrativista Chico Mendes e comunidades de entorno. A produção é subsidiada, compensando os seringueiros por continuarem a manter as árvores em pé.
Leia a íntegra do artigo em Os guardiões da floresta
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