Por Leonardo Rocha - Deu no jornal “A Crítica” de hoje que o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Ricardo Nicolau (PRP), ficou praticamente falando sozinho ontem, ao ocupar a tribuna para se defender da acusação de compra de voto e outras malandragens, imputada a ele pelo procurador regional eleitoral Edmilson Barreiros. Dos 16 deputados que estavam em plenário quando Nicolau começou a falar, apenas 3 não foram embora, segundo o jornal.
Deduz-se daí, dado o fisiologismo reinante na Casa, que Nicolau anda inibindo a gula insaciável por cargos - e sabe lá o que mais, talvez até um “mensalinho” – daqueles que o alçaram à condição de presidente. Movido pela ambição de comandar a Assembleia, Nicolau deve ter feito com os seus pares o que todos eles costumam fazer com a população em época de eleições: prometer e não cumprir.
Estivesse Nicolau permitindo que os seus sedentos pares continuassem bebendo na fonte prometida, certamente eles não o haviam deixado falando para as paredes. Vê se fizeram coisa semelhante com o “Belão”. Nunca. Nem quando ele foi denunciado por transformar a mãe de 80 anos em funcionária fantasma da Assembleia. Nem também quando pipocaram inúmeros outros escândalos protagonizados pelo ex-presidente. Todos igualmente cabeludos.
Engana-se, portanto, que pensa que a debandada dos deputados do plenário teve outra motivação.
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