Com abertura realizada pelo cantor de toadas Sandro Beon, com a música “Miscigenação”, e apresentação do Grupo de Dança “Estrela do Meu Boi”, da Cidade Nova, núcleo 11, e a participação de representantes de movimentos em defesa da miscigenação no País, políticos e lideranças comunitárias, a Assembleia Legislativa do Amazonas realizou no último dia 27, por iniciativa da deputada Conceição Sampaio (PP), uma sessão especial em homenagem ao Dia do Mestiço e ao Dia do Caboclo.
O movimento autodenominado “Nação Mestiça” existe em nível nacional e tem como objetivo prestar homenagem àqueles que lutam e defendem o verdadeiro significado da miscigenação existente no povo brasileiro.
A deputada Conceição Sampaio parabenizou “homens e mulheres que não desistem daquilo que acreditam”, ressaltando que “é isso que nos torna mais forte, quando somos perseverantes e esse país precisa respeitar o seu povo na sua totalidade”.
Para o secretário-geral do Movimento Nação Mestiça, Leão Alves, a ideia do compartilhamento é a que move a “nação mestiça”. Leão Alves declarou que existe uma política nacional em andamento, de eliminação da identidade mestiça, visando à divisão de brasileiros em diversos segmentos étnicos e raciais e até mesmo a destruição da ideia de “povo brasileiro”.
Quem duvidar disso, segundo LeãoAlves, “deve acessar o site do Governo da Bolívia, onde se lê `Estado Plurinacional da Bolívia`, ou seja, essa ideologia de separação étnica e racial que estão pregando no Brasil, na Bolívia chegou ao ponto de acabar com a nação boliviana. “Precisamos trabalhar, e muito, para que isso não aconteça com o nosso país, pois nosso futuro econômico e social está justamente na miscigenação do povo brasileiro”, afirmou.
A presidente nacional do Movimento Nação Mestiça, Elda Castro, lembrou que o mestiço teve origem na união de europeus e indígenas e, posteriormente, com a chegada dos africanos.
Bastante emocionada, Elda Castro reafirmou que é “esse mesmo mestiço que vai combater as políticas que pretendem dividir a Nação, que vai dizer ao governo federal que no país não existem apenas brancos e negros, mas também mestiços prontos para lutar por seus direitos, pela própria identidade do povo brasileiro”.
O representante da União da Juventude Mestiça, Daniel Santiago, afirmou que há dez anos o “movimento mestiço” está defendendo a proteção e a revitalização do conceito de cidadania. “Estamos alavancando conferências estaduais”, adiantou ele, afirmando se sentir honrado por “pertencer a esse movimento que reflete os pensamentos de seus patronos, Gilberto Freire e Darcy Ribeiro”, disse.
Para a professora de Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ivone Maggi, o movimento demonstra que existem brasileiros que não querem ver o País dividido em brancos e negros. “Queremos um Brasil de todos. Um país unido pela miscigenação”, enfatizou.
LIVRO DE PORTUGUÊS
Durante a Sessão Especial, o jornalista, professor e escritor Sebastião Carril lançou um livro de sua autoria, intitulado “100 ERROS DE PORTUGUÊS QUE TODO O MUNDO COMETE, INCLUSIVE VOCÊ!”.
O livro, todo colorido e com ilustrações de Gilmal, pode ser adquirido na Banca dos Concursos, na praça ao lado do antigo Hotel Amazonas. Custa apenas R$ 20.
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