sexta-feira, 8 de julho de 2011

AMAZONAS REALIZA PRIMEIRO TRANSPLANTE DE RIM COM ÓRGÃO DE DOADOR FALECIDO


Cerca de um mês depois de concluir a estrutura necessária para a captação de órgãos no Estado, o Governo do Amazonas anunciou nesta sexta-feira, dia 8 de julho, a realização do primeiro transplante de rim utilizando órgão de doador falecido. O transplante foi realizado no Hospital Santa Júlia, unidade conveniada com o SUS, em um paciente de 39 anos, que há 18 anos precisava realizar hemodiálise três vezes por semana para continuar vivo. O doador foi um homem de 31 anos, mototaxista, que morreu ontem, quinta-feira no Pronto Socorro João Lúcio, depois de sofrer um acidente de moto na BR-174, que liga Manaus a Presidente Figueiredo.

Em coletiva de Imprensa, no final da manhã, enquanto a cirurgia para o transplante estava sendo finalizada, o secretário de estadual de Saúde, Wilson Alecrim, agradeceu à família do doador que, segundo ele, receberá diretamente os agradecimentos do governador Omar Aziz. “Sem essas pessoas, solidárias no difícil momento do luto, não haveria transplante. Elas acabam de entrar para a história do Amazonas e fazem parte de um momento que, por muitas vezes, achamos que ainda estava muito longe e hoje se concretizou”.

PERÍODO DE AVALIAÇÃO


O transplante começou a ser realizado às 7h30 desta sexta-feira. A equipe de transplantadores, chefiada pelo médico Edson Sarkis, levou cerca de cinco horas para concluir o procedimento, inicialmente avaliado como um sucesso. “O paciente reagiu muito bem e agora será assistido com todos os cuidados”, informou o secretário. A alta não deve ocorrer antes de 72 horas e depois haverá acompanhamento periódico.

O clínico Álvaro Ianhez, que integra a equipe de transplantadores, disse que as taxas de sucesso do transplante renal são avaliadas por período. No primeiro ano é de 95% e em cinco anos é de 90%. Ele disse que as etapas mais difíceis são a captação, a abordagem à família e a preparação de todas as etapas para o procedimento final que é o transplante. “Além disso, precisamos manter a população informada e sensibilizada para a doação”.

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