terça-feira, 2 de agosto de 2011

ALFREDO NASCIMENTO FAZ PRIMEIRO DISCURSO NO SENADO APÓS DEIXAR GOVERNO; ACOMPANHE:

Por Eduardo Bresciani e Jair Stangler, do Estadão.com.br - O ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) faz nesta terça-feira, 2, no Senado um pronunciamento na tribuna da Casa sobre a crise na área dos Transportes, que levou a sua saída do governo Dilma Rousseff e à queda de diversos filiados e apadrinhados do PR. Em julho, após deixar o cargo, Nascimento voltou ao Senado, mas pediu licença para evitar a cobrança por explicações sobre as denúncias na área. O PR continua a frente dos Transportes com Paulo Sérgio Passos, que era secretário-executivo de Nascimento, mas é uma escolha pessoal da presidente Dilma.
Desde o início da crise, 27 pessoas já foram afastadas ou demitidas do Ministério dos Transportes e de órgãos vinculados à pasta.

Acompanhe ao vivo:

15h58 – “Venho aqui com a consciência tranquila”, diz, ao iniciar seu discurso.

15h59 – “Nos mais de seis anos em que fui ministro, jamais houve um momento em que minha honra e minha lisura tenham sido questionadas. Em momento algum pedi ou determinei ação de que pudesse me envergonhar.”

16h01 – Nascimento diz ter saído do governo porque não teve o apoio prometido pela presidente Dilma.

16h05 – Diz que quando assumiu o Ministério dos Transportes, a pasta não tinha credibilidade e que quando assumiu o cargo, promoveu a retomada dos investimentos.

16h06 – O ex-ministro diz que no período eleitoral viu brotar “calúnias de origem não identificadas”, que não mereceram a atenção da mídia nacional. Segundo ele, as mesmas denúncias que agora foram feitas.

16h08 - Alfredo Nascimento diz sentir ‘profundo pesar’ ao ver o nome de seu filho envolvido nas denúncias. Explica o caso. Segundo ele, o crescimento da empresa de seu filho, Forma, que saltou de um capital inicial de R$ 50 mil para mais de R$ 50 milhões no ano seguinte. Segundo ele, esses recursos foram adquiridos junto a terceiros. De acordo com ele, seria preciso calcular a diferença entre ativos e passivos da empresa do filho. Diz Nascimento que a empresa foi vendida por R$ 2 milhões, real preço da empresa, valor dividido entre ele e seus sócios.

16h13 – Nascimento diz que ataques partiram de Ronaldo Tiradentes, empresário de comunicação e adversário político do ex-ministro. Ele diz que Tiradentes induziu o jornal O Globo em erro ao fazer a denúncia contra seu filho.

16h16 – “O ministério que deixei em 2010 é diferente do que assumi”.

16h20 – Nascimento lembra reunião sobre o PAC em 24 de junho, onde, segundo a revista Veja, a presidente afirmou que o Ministério precisava de babá. Criticou o fato de a revista não ter sido desmentida pela presidente.

16h26 – Nascimento diz que todas as medidas tomadas por ele, como a suspensão de licitações e os afastamentos de auxiliares foram combinadas com a presidente. Segundo ele, sempre tomou todas as medidas para combater irregularidades.

16h28 – “Jamais deixei de determinar investigações”, afirma. Segundo ele, a única denúncia que recebeu em todos os anos que foi ministro foi sobre a obra na única BR 340, em Minas Gerais, e que encaminhou o pedido do deputado Julio Delgado (PSB-MG) para averiguar o que acontecia.

16h30 – “O Partido da República faz parte do processo de mudança conduzido pelo ex-presidente Lula e agora continuado pela presidente Dilma. Fomos o primeiro partido a apoiar a presidente Dilma. Dilma era a pessoa que reunia e reúne as qualidades necessárias para dar continuidade a esse projeto”, afirma. Nascimento diz que a indicação de nomes pelos partidos é uma prática usual em nosso País e que a aprovação dos nomes exige a aceitação desses nomes pela Presidência. “Em momento algum determinei a prática de atos lesivos aos cofres públicos ou agi em nome de interesses partidários”, acrescenta.

16h34 – “Muito foi dito sobre o trânsito do deputado Valdemar da Costa Neto. Nunca vedei o acesso dele ou de qualquer outro parlamentar que tenha me procurado. Meu gabinete nunca se fechou sequer a qualquer parlamentar de meu partido ou de outro partido, mesmo da oposição”, diz.

16h36 – “Volto a negar veementemente as acusações que foram lançadas contra mim. Fui julgado e condenado sem que pudesse me defender. Minha trajetória de 30 anos como gestor público não foi levada em consideração”, lamenta. Nascimento relata o pedido feito por ele mesmo à Procuradoria Geral da República para que seu caso fosse investigado.

16h39 – “O Partido da República não é lixo para ser varrido da administração pública. Temos alguns dos defeitos e virtudes de todos os partidos desse País”, diz. “Somos um grupo de sete senadores e 40 deputados que participamos com lealdade. Acreditamos no governo da presidenta Dilma”, emenda. “Eu não sou lixo, meu partido não é lixo, nós somos homens honrados.”

16h44 – Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) faz aparte e diz que demissões ocorridas no Ministério dos Transportes são um reconhecimento de que houve irregularidades na pasta.

16h46 – Álvaro Dias pede que Nascimento assine a criação de CPI nos Transportes.

16h47 – “Por que a presidente demitiu vossa Excelência deve fazer a ela. Eu não vi nenhuma prova. Ela não me demitiu. Eu pedi demissão por entender que não tinha apoio”, defende. Sobre a CPI, Nascimento diz que “a minha investigação é contra mim”. Álvaro Dias afirma que a CPI também irá investigá-lo. “A sua apuração é melhor que a do Ministério Público?”. Álvaro Dias responde: “A investigação do MP é jurídica…” “A sua é uma investigação política”, completa Nascimento. “Eu era do governo Dilma”, é uma investigação política.

16h51 – Magno Malta (PR-ES) defende o colega em seu aparte. “Se a situação das estradas é ruim agora, imagina antes de Lula”, diz, defendendo a gestão de Nascimento no Ministério dos Transportes.

16h55 – “Não quero compactuar com execramento público de inocentes”, diz Magno Malta.

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