TRÍPLICE LIDERANÇA SINDICAL COLOCA POLICIA CIVIL EM ESTADO DE GREVE

Por Almir Cardoso - A Assembléia Geral realizada no último sábado, na sede do Sinpol-AM, decidiu pela greve com maioria esmagadora dos votos dos policiais civis que estavam presentes, que exerceram seus direitos democráticos e que não aceitam mais esperar por uma decisão de melhorias que sem a paralisação, perceberam que não viria nunca.


O Governo do Estado não se posiciona, não abre indicaivo algum para negociação com os representantes legítimos dos profissionais da Segurança Pública, e com essa omissão aos anseios e direitos trabalhistas de servidores que colocam a própria vida em risco para defender os cidadãos amazonenses, não restou outra alternativa, senão tomar a decisão de paralisar as atividades a partir do dia 25 deste mês, sexta-feira próxima.

O Sinpol-AM, a Adepol-AM a Apoeam, na pessoa de seus presidentes, entendem que essa omissão não atinge e falta com respeito somente para com os policiais civis desse Estado, mas com toda a sociedade, que precisa ser protegida e isso carece de boa estrutura operacional e salário digno, para quem vai desempenhar essa difícil missão.

Agora é aguardar o cumprimento do prazo legal para deflagração direta da greve e o presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Amazonas, Moacir Maia, ao final da Assembléia, obteve a certeza do apoio de toda a categoria, até porque todos os seus colegas viram, ouviram e sofreram com ele, nos longos "chás de cadeira" que tomou, na tentativa de falar com o governador Omar Aziz, mas tudo o que consegui foram rápidas audiências com assessores e secretários, que de nada adiantaram.

Os deputados Marcelo Ramos e Luiz Castro, presentes na Assembléia, formaram um elo de solidariedade, apoio e força de aliança, que com certeza vai mostrar que essa greve, apesar de não ser boa para ninguém (nem para a categoria, nem para o governo e muito menos para a sociedade), já começa com uma grandiosa vitória, inédita na Polícia Civil amazonense, estabelecendo um novo horizonte, porque uniram em prol de um único objetivo os delegados, peritos, investigadores e escrivães.

O presidente Moacir Maia destaca que o povo é sábio, conhece a má vontade de governantes em melhorar o serviço público (mesmo que sejam as categorias essenciais), e com isso não estabelece um "mal" somente para estes profissionais, como também para toda a sociedade, que paga seu imposto e tem direito de ser protegida e bem atendida, mas também esbarra na mentalidade antisocial e antidemocrática de um governo que promete revolucionar a Segurança Pública, e está revolucionando, sim, mas de forma negativa.


COMANDO DE GREVE ESPERA CONTAR COM APOIO DA SOCIEDADE

Por tudo isso, os policiais civis do Amazonas e todos os setores, categorias e profissionais individuais que entendem e apoiam a decisão de greve, que sabem que foi uma decisão tomada, porque não havia outro caminho, "ESPERAM CONTAR COM A COMPREENSÃO DA POPULAÇÃO AMAZONENSE, FIRMANDO O COMPROMISSO DE QUE, CONQUISTADAS AS VITÓRIAS - JUSTAS E DEMOCRÁTICAS DESSE PLEITO EM QUE DO OUTRO LADO ESTÁ O GOVERNO DO AMAZONAS -, É A SOCIEDADE QUEM SERÁ A PRIMEIRA CONTEMPLADA, PORQUE VAI ESTAR SENDO ASSISTIDA E PROTEGIDA POR SERVIDORES QUE DEPOIS DE UMA LUTA INTENSA, COLETIVA E PACÍFICA, TIVERAM SEUS VALORES E FUNÇÕES RECONHECIDOS E RECOMPENSADOS PARA O BOM DESEMPENHO DE TAIS MISSÕES EM FAVOR DA INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL DE CADA CIDADÃO".

SINPOL DIVULGA COMUNICADO

SOBRE A GREVE. LEIA-O ABAIXO

SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA

CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS

EDITAL DE COMUNICADO DE GREVE

O SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS – SINPOL-AM, na forma da Lei Geral de Greve - nº 7783/89, comunica à população em geral do Estado do Amazonas, que em assembléia geral da categoria realizada no dia 19 de Novembro de 2011, restou decidida pela deflagração de ESTADO DE GREVE, a partir do dia 25 de Novembro do corrente ano, no sentido de paralisar os serviços inerente a polícia civil, inclusive os de perícia técnica e científica e do IML. Entretanto, as atividades essenciais serão prestadas à sociedade, em obediência ao artigo 11 da norma supracitada.

Ressaltamos que, a decisão pela paralisação dos serviços, é último recurso dos trabalhadores, uma vez que decorre da intransigência do Governo do Estado, que se recusa a estabelecer um processo efetivo de negociação coletiva, relativo a criação da Classe Especial para Delegados e Peritos, com o escalonamento das classes da Policia Civil do Estado do Amazonas.

Desta forma, contamos com a compreensão e o apoio de todos.



Manaus(AM), 19 de Novembro de 2011


Presidente do Sinpol-AM
Presidente da Adepol-AM
Presidente da Apoeam
Unidos em prol da categoria.