Na carta abaixo, postada no Facebook agora há pouco, Osmir relata a dramática experiência que viveu. Vale a pena ler. Confira:
“Olá amigos. Talvez alguns já saibam que no início desta noite, mais precisamente às 19h5, fui assaltado na calçada da loja Espantalho Pneus, em plena avenida Djalma Batista, no lado oposto ao jornal Diário do Amazonas. Três bandidos, armados de revólveres, levaram-me o carro, um Ford Fiesta Hatch prata (quase dourado) ano 2009, de placas NOT-8440. Foi tudo muito rápido mas, graças a Deus, sem violência física.Perdi o carro mas não perdi a vida, e isso é bom. Porém a réstia de ilusão que ainda tinha quanto à qualidade de vida da cidade em que nasci, cresci, vivo e de onde não pretendo sair, mesmo sujeito a viver - e a ver meus familiares e amigos viverem - esse tipo de situação.
A violência acontecida com outros, que lhe é relatada, por mais fortes que sejam as tintas, sempre será para você uma abstração, uma experiência sabida mas não vivida. A violência que lhe acontece é outra história. Deixa marcas além da superfície e da memória: marca a alma, de forma indelével.
A perda material é uma perda sentida, especialmente quando o que se vai é fruto de tanto esforço de você e dos seus. Entretanto é recuperável e, mais cedo ou mais tarde, consegue-se repor. Já o encanto, a crença, a esperança... são perdas maiores e mais sentidas, talvez até não passíveis de reposição porque são imateriais e intangíveis, contudo são renováveis e eu, como resiliente que são, teimarei enquanto vivo for em renovar esses sentimentos.
Portanto muito obrigado, mas obrigado mesmo, a todos os amigos que se manifestaram desde que divulguei o fato, seja prestando solidariedade, buscando notícias ou colocando-se de alguma forma à disposição para ajudar. Valeu. Estou mais forte e minha família também. Amanhã, como disse o velho Chico, "vai ser outro dia". Abraços fortes a todos.”
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