sábado, 7 de janeiro de 2012

PCdoB: O ECTOPLASMA DE STALIN!

A morte de Kim Jong-il, ditador da Coreia do Norte, no último sábado, deveria abrir caminho para a esperança de que o fim do regime mais recluso e opressivo do planeta pudesse um dia chegar. Não é o que pensa o PCdoB.

O Partido Comunista do Brasil, o mesmo que surrupiou os cofres do Ministério do Esporte, emitiu nota lamentando a morte do ”Grande Líder” dos comunistas norte-coreanos, exaltando que “o camarada Kim manteve bem altas as bandeiras da independência, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, baseados nos interesses e necessidades das massas populares”.

Que o PCdoB foi formado pela ruptura da decência e da ética, todo mundo sabe; o que ainda não estava muito claro, era se aquele grupelho alemão do século XIX, de extrema esquerda, com bases fincadas em Frankfurt, e originado dos delírios de Karl Marx, ainda exercia influência direta nos dizeres dos comunistas tropicais. Não há mais dúvidas. A nota de pesar enviada aos comunistas asiáticos pelos brasileiros deixa entrever que o PCdoB possui um entendimento bastante peculiar sobre “prosperidade e socialismo”.
Economia próspera, em seu dicionário, é aquela que fornece ração feita com casca de arroz para alimentar sua população. População essa que, desesperada e faminta, tem recorrido ao canibalismo para alimentar suas famílias, ou aos assassinatos para vender carne humana e adquirir dinheiro para sobreviver. Um “Estado Socialista”, segundo pensam, é constituído a partir da devassidão de 3 milhões de cadáveres forjados pela “Fome Epidêmica”.
Luta Anti-imperialista é aquela travada contra os ”maldosos imperialistas ocidentais” que fornecem ajuda humanitária suficiente para manter 25% da população de um país viva. Ajuda que seria de extrema importância se grande parte não fosse desviada pela cúpula dos “bondosos comunistas” para seu próprio consumo e para venda no mercado negro. Lutar contra o Imperialismo significa, através de seus atos, legar um terço de suas crianças à condição de subnutrição.
O regime que comanda a Coreia do Norte só pode ser chamado de ditadura pelo olhar externo, já que, internamente, ele é tratado pela população como uma espécie de religião. Uma Seita Atômica instalada no extremo oriente, sustentada por uma devoção fabricada pelo flagelo social. Algo inimaginável para qualquer padrão de existência.
O choro copioso dos norte-coreanos, mostrado pela TV estatal, chegou a ser engraçado, mas, infelizmente, de cômico não tem nada. A cena mostra a angústia de um povo sem esperança, sem condição de discernir – entre o real e o surreal – e usados como fantoches pela propaganda do partido comunista para tentar mostrar ao mundo sua popularidade. Tentativa chula. O mundo ‘sabe’ quem foi Kim Jong-il. O mundo, menos o PCdoB.
Não é difícil entender a proximidade do PCdoB com a Dinastia Kim. Seu plano era implantar por aqui, via Araguaia, um regime semelhante àquele sob o comando dos “heróis asiáticos”.
O grande legado do PCdoB para o Brasil teria sido a sua proibição do espectro político durante a redemocratização. Como isso não se concretizou, o partido jacta-se, inutilmente, de ter contribuído para a nossa democracia. O PCdoB contribuiu para o processo democrático brasileiro tanto quanto Mao para o chinês, Castro para o cubano ou Kim para o norte-coreano.
Não é “estupendo” observar como um surto ideológico pode transformar o execrável em algo passível de ser elogiado? Ao se solidarizar com o “Grande Líder”, cujo feito principal foi urdir seu povo à Sopa de Capim, o PCdoB demonstra, inequivocamente, que a condição para a sua subsistência é continuar sendo o Ectoplasma de Stalin.


Nenhum comentário:

Postar um comentário