sábado, 3 de novembro de 2012

MULHER QUE “OPEROU” GRÁVIDA COM LÂMINA DE BARBEAR SERÁ OUVIDA PELA JUSTIÇA NO DIA 21

O juiz de Direito da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, marcou para o dia 21 de novembro a audiência onde ouvirá a doméstica Daiana Pires dos Santos, que cortou a barriga de uma grávida de nove meses para roubar-lhe o bebê, usando uma lâmina de barbear. As testemunhas do Ministério Público e da defesa também serão ouvidas no mesmo dia. A tentativa de homicídio aconteceu em setembro deste ano no bairro Industrial I, na cidade de Manaus, e chocou a população.

Daiana queria roubar obebê
da mulher (Foto: Assessoria / PC))

Segundo o juiz, o Ministério Público do Estado do Amazonas já ofereceu a denúncia e a defesa da acusada solicitou exame de sanidade mental, alegando que a Daiana não estava na sua consciência plena no dia do crime. A conduta da doméstica, segundo denúncia do MP, está sendo enquadrada no art. 121, 2º, IV (dissimulação) e V (conexão teleológica - quando o crime é cometido a fim de “assegurar a execução” de outro), combinado com o art. 14, II, do Código Penal, em concurso material com o delito do art. 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Caso a vítima, Odete Pego Barreto, não esteja vivendo em Manaus, o juiz emitirá uma carta precatória para a localidade onde estiver morando. A precatória é um pedido que um juiz envia ao magistrado de outra comarca para citar/intimar réu, testemunhas ou outros envolvidos no processo a comparecer para prestar informações à Justiça.

De acordo com denúncia do MP, no dia 25 de setembro deste ano, por volta das 9h, em uma casa localizada na avenida Solimões, no bairro Industrial I, a gestante Odete Pego Barreto encontrava-se de costas para Daiana quando esta a surpreendeu batendo em sua cabeça com uma tábua de cortar carne, o que a fez desmaiar imediatamente. Em seguida, Daiana cortou a barriga de Odete, que estava grávida de nove meses, com uma lâmina para roubar o bebê. “A acusada removeu a placenta e o cordão umbilical, cortando-os com a lâmina, para em seguida subtrair a criança para si, momento em que o bebê também foi lesionado pela lâmina”, conforme trecho da denúncia.

Em outro trecho, o MP informa que Odete estava caída no chão da cozinha, sofrendo intenso sangramento, com as vísceras expostas e em estado de choque, e a acusada não prestou socorro. A doméstica a cobriu com um papelão "na esperança de que ela morresse e depois enterrá-la em um buraco no quintal da casa, para garantir a ocultação do assassinato”. Mãe e filho sobreviveram. Daiana encontra-se presa, aguardando julgamento.

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