terça-feira, 27 de novembro de 2012

RANKING DE QUALIDADE EM EDUCAÇÃO COLOCA BRASIL EM PENÚLTIMO LUGAR

 O Brasil ficou na penúltima posição em um índice comparativo de desempenho educacional feito com dados de 40 países. O ranking, divulgado nesta terça-feira, 27, pela Pearson Internacional, faz parte do projeto The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês), realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU). O estudo mede os resultados de três testes internacionais aplicados a alunos do 5.º e do 9.º ano do ensino fundamental. A Finlândia e a Coreia do Sul foram os países mais bem colocados. O Brasil ficou à frente apenas da Indonésa, e atrás de países como Bulgária (30.º), Romênia (32.º) e Colômbia (36.º).

O índice global de habilidades cognitivas e de desempenho escolar foi criado a partir do cruzamento de indicadores internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência (Timms) e avaliações do Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização e Leitura (Pirls), assim como dados educacionais de cada país sobre alfabetização e as taxas de conclusão de escolas e universidades.

O desempenho de cada país mostra se ele está acima ou abaixo da média global calculada a partir dos dados de todos os participantes. Segundo os dados divulgados nesta terça, 27 dos 40 países ficaram acima da média, enquanto 13 estão abaixo do valor mediano. Os países ainda foram divididos em cinco grupos, de acordo com a sua distância da média. O Brasil, que teve pontuação de -1.65, foi incluído no grupo 5, onde estão as sete nações com a maior variação negativa em relação à média global.

De acordo com Mekler Nunes, diretor superintendente de Educação Básica da Pearson no País, o 39.º lugar não é de todo ruim. Isso porque os 40 países que compõem o ranking são os únicos entre as 193 nações existentes a ter dados históricos e estatísticos comparáveis sobre a qualidade da educação. "Estar nessa relação de países já é, por si só, um destaque", afirma. "É sinal de que já fizemos o de dever de casa mais básico."

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