sábado, 17 de abril de 2010
ARTHUR VIRGÍLIO NETO HOMENAGEIA O “VELHO ARTHUR” RELEMBRANDO SUAS LUTAS EM DEFESA DO POVO BRASILEIRO
O "VELHO" ARTHUR - Esse, o título do artigo de Arthur Virgílio veiculado recentemente no Diário do Amazonas. "Peço licença ao leitor - diz - para abrir o coração e extravasar um pouco da imensa saudade de meu pai, o Senador Arthur Virgílio Filho. Ele morreu duas vezes, no mesmo dia 31 de março. Em 1964, senador, líder de João Goulart, ao ver destruídas as liberdades pelas quais se bateu a vida inteira; em 1987, vítima do preconceito injustificável que até hoje muitos homens teimam em manter, descuidou-se dos exames e foi vítima de um câncer na próstata."
"Deputado federal vice-líder e senador líder do PTB governista de João Goulart - relembra - fez os discursos mais inflamados em defesa da Democracia nos primeiros dias da ditadura de 1964. No referendo a Castelo Branco, pelo Congresso, os cassados Bocaiúva Cunha, Almino Afonso, Rubens Paiva e Fernando Santana acompanhavam no rádio o pleito. O locutor disse: O PTB votará a favor do novo presidente. E, entre eles, comenta-se: Até o Arthur Virgílio? Não é possível. Ouve-se a voz de meu pai: Senhor Presidente, sou um líder sem liderados. Todos os senadores da bancada do PTB votarão a favor de Castelo. Eu, porém, voto contra. Só ele e Josapha Marinho o fizeram."
Por fim, recorda que seu pai foi o autor do projeto que criou a Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Depois, ele, senador Arthur Virgílio desdenhou quando Amazonino Mendes - à época, adversário - criou a Universidade Estadual do Amazonas (UEA). "Aprendi, mais uma vez, que não se deve combater pessoas e sim idéias. A UEA, como a Ufam, é um sucesso e ambas se tornaram indispensáveis para o Amazonas.
DIREITOS HUMANOS: COBRADA FIRMEZA DO BRASIL
O senador Arthur Virgílio cobrou do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que o Brasil seja muito claro na condenação de quaisquer violações de direitos da pessoa humana, não importa se em Guantânamo, em Cuba ou na Coreia do Norte. O ministro fazia exposição na Comissão de Relações Exteriores.
Primeiro a dirigir-se ao ministro, Arthur Virgílio apresentou lista de 25 "equívocos" cometidos pela política externa brasileira. Citou simpatias para com ditadores, absurdas concessões feitas em busca de votos para possível lugar permanente no Conselho de Segurança de uma esvaziada ONU. Mencionou as derrotas sofridas pelo Brasil na UNESCO, na OMC, no BID, no Tribunal da OMC (expondo o nome da ministra Ellen Gracie, do STF), a ocupação de próprios da Petrobras, na Bolívia, a afronta ao Tratado de Itaipu, o sequestro de brasileiros no Equador, as barreiras comerciais impostas pela Argentina, a invasão de produtos chineses, decorrente do reconhecimento da China como economia de mercado.
Virgílio criticou especialmente o relacionamento com a Venezuela de Chávez, com Cuba, com o Irã, com a Coreia do Norte. Disse que a Venezuela, "para ser ditadura só faltam as penas". Quanto a Cuba, impressiona-lhe ver o quase escárnio do Brasil em relação a presos de consciência enquanto demonstra muita paciência com alguém que a Justiça italiana considera criminoso (Cesare Batisti).
No que se refere ao Irã, o líder tucano disse que é ingenuidade imaginar que aquele país está querendo enriquecer urânio para fins pacíficos, pois seu presidente declarou que quer destruir Israel. Como o chanceler Amorim tivesse apontado como vitória do Brasil (e da diplomacia) a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, Arthur Virgílio encerrou suas observações com um toque de humor: "Perdemos com a ministra Ellen, mas ganhamos as Olimpíadas..."
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