A MARIA CHUTEIRA NA COPA

Por Jorge Laborda - A Copa do Mundo de Futebol, realizada pela primeira vez em território africano, serviria como uma grande chance para o mundo ver a África sem preconceito, como ela é, por dentro. Seria uma chance de humanização das relações entre o mundo ocidental “progressista e bem sucedido” e o continente negro milenarmente explorado, colonizado e estigmatizado. Apesar das gunguzelas de mau gosto que não fazem jus a tradição musical dos negros e sua musicalidade maravilhosa que invadiu o mundo, a Copa do Mundo da África do Sul nada tem de menor as outras copas. A não ser o tratamento preconceituoso com que a Rede Globo e a grande mídia tupiniquim têm dado a detalhes insignificantes.
A seleção brasileira, retranqueira subproduto da Era Dunga assim que chegou à África, começou a criticar a bola, usando o fato de ela ser diferente das outras, como possível desculpa para o provável fiasco que essa seleção separada dos desejos brasileiros provavelmente vá ter que engolir. Teve que engolir a bola, pois, ela é produto da Adidas, empresa que paga essa corja de mercenários em que o futebol mundial se tornou. Enquanto isso, o Dunga, um técnico de proveta que tem desprezo por craque, pela opinião publica e pelos brasileiros por não ouvir as vozes dos estádios, fazendo treinamentos secretos, tornando antipática a nossa seleção canarinho.
A Rede Globo, como sempre, fazendo ufanismo na época da copa, desde a ditadura militar, quando o mote era o País de Chuteira, Pra Frente Brasil, etc. Agora o mote é “Quem Paga Mais Para a Maria Chuteira” descarada. E o impressionante é o discurso marcartista anticomunista de direita que o PIG insiste em veicular nos seus jornais, inclusive na copa do mundo. A falta de respeito com a Coréia do Norte, por ser um país comunista, chega a ser ridículo e bizarro. Parece a Maria Chuteira dos direitistas americanos. Espero que o Brasil ganhe a copa, mas se perder acho que já era esperado pelo povo brasileiro. A mediocridade da Era Dunga terminaria com o próprio Dunga.