Por Antônio Zacarias - Quem ler os artigos do vereador Marcelo Ramos (PSB), a primeira – e talvez a única – impressão que se tem é de que se trata de uma pessoa de conduta absolutamente exemplar. Infelizmente, não é bem assim. Passa ao largo disso. Recorro a Machado de Assis, para finalizar esse intróito: “Quem não sabe que ao pé de cada bandeira grande, pública, ostensiva, há muitas vezes várias outras bandeiras modestamente particulares, que se hasteiam e flutuam à sombra daquela, com ela caem e não poucas vezes lhe sobrelevam?”.
Como pode ser tão atual um texto escrito na segunda metade do século XIX?! Nosso Marcelo Ramos é um exemplo desse horroroso modo de agir, que há muito já deveria ter sido extirpado da vida política brasileira. Ao assumir o papel de oposicionista feroz, incorruptível, inteiramente tomado pelo desejo de servir a sociedade, o insigne vereador está, em verdade, dando vazão à sua insaciável sede de poder.
Marcelo não deixou dúvida acerca dessa sua obsessão, quando, em 2008, preferiu atirar no lixo toda uma história de lutas, que construíra como militante do PC do B, a deixar a presidência do Instituto Municipal de Transportes Urbanos (IMTU). O seu extremo apego ao cargo e, claro, aos quase R$ 15 mil de salário foi um dos fatores determinantes de sua decisão. Outro fator que contribuiu poderosamente para a ruptura de Marcelo com o PC do B foi a sua crença de que Serafim Corrêa seria reeleito. Se isso viesse a ocorrer, certamente deve ter pensado Marcelo, ele teria mais alguns anos para continuar mamando nas deliciosas tetas do Governo municipal.
Assim que as urnas foram abertas e os votos, contabilizados, Marcelo largou Serafim e voltou correndo para os braços do PC do B, que o recebeu com grande desconfiança; afinal, comunista não tem nada de leso, muito menos comunista amazonense. Traiu uma vez, vai trair sempre. Trair é o ofício dos traidores. Não foi à toa que levou do PC do B um chute em seu traseiro burguês.
Nunca acreditei no Marcelo. Ele trocou o PC do B, o nosso partido, por um cargo no IMTU. Não merece credibilidade. Parabéns, Zaca, pelo brilhante artigo. Só aqui no teu blog a gente vê opinião de verdade.
ResponderExcluirSou um assíduo leitor e acompanho sempre os políticos e a política local. Sempre vi Marcelo Ramos como uma farsa. Quando era vereador da bancada aliada de SErafim, na Câmara Municipal, esbravejava desvairado. Hoje, na oposição a Amazonino, esbraveja, desvairado. É um traço da sua personalidade. Nada mais verídico do que este artigo, Zaca.
ResponderExcluirHeliodoro
O Marcelo é um grande parlamentar, seu interesse é defender a sociedade e pegar sempre no pé dos corruptos, não adianta dizer que ele não presta, isso é uma grande mentira, ele é uma pessoa boa.
ResponderExcluirBlá blá blá do Zaca!
ResponderExcluirZaca, vc me parece um certo radialista..só bate a quem não lhe convem.O Marcelo será reeleito com certeza.
ResponderExcluirO Paulo Ramos deve ser parente do Marcelo Ramos e está com medo de perder a boquinha, não mesmo seu Paulo Ramos? O Marcelo, como o anônimo aí de cima fala, é uma farsa.
ResponderExcluirO Marcelo empregou um monte de gente do PC do B no gabinete dele e esse pessoal não trabalhava, ele mesmo disse isso em entrevista a imprensa. Como pode um pol[itico desse querer dar uma de honesto se pagou gente sem trabalhar, usando dinheiro do povp?
ResponderExcluirSe o Marcelo tem culpa nessa história dos funcionários fantasmas a culpa é também do Eron e da Vanessa que mandaram o Marcelo empregá-los. Por que ele tem que ser responsabilizado sozinho?
ResponderExcluir