quinta-feira, 7 de outubro de 2010

POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA EMPRESAS SUSPEITAS DE PROMOVER ORGIAS COM MENORES NO AMAZONAS

O Jornal da Record revelou ontem, em extensa reportagem, que a Polícia Federal está investigando empresas de turismo que promovem orgias durante as viagens de pesca esportiva no Amazonas, mais precisamente no município de Autazes, a 150 km de Manaus.

No porto da cidade, estrangeiros chegam em barcos luxuosos (como o da foto) e procuram por mulheres. O filho do pajé de uma tribo de índio em São João do Tupé reclama da falta de interesse dos turistas pelas tradições da região e belezas da floresta.

Entre as atrações, estão menores de idade contratadas para trabalhar nos barcos de luxo e exploradas sexualmente por turistas estrangeiros.

A acusação de exploração chegou dos Estados Unidos às autoridades brasileiras. Sete meninas de comunidades ribeirinhas são representadas pelo advogado Washington Magalhães, que apresentou testemunhas à Polícia Federal.

Todas elas eram menores quando o caso aconteceu, em 2004. Elas pensavam que iam trabalhar uma vez por semana por R$ 168 (US$ 100) e no final tinham que se submeter a favores e orgias. Imagens colhidas pela polícia mostram cenas da exploração.

Nove testemunhas aceitaram dar entrevista ao Jornal da Record, sem mostrar o rosto. Elas temem represálias por denunciar o crime. Ao ver as fotos dos acusados, elas reconhecem vários homens que estavam no barco. Uma delas conta que foi levada à força para uma cabine.

- Me obrigaram. Não cheguei a fazer, gritei, esperneei.

O caso também está sendo investigado pelo FBI, já que envolve cidadãos americanos. Aqui no Brasil, a Polícia Federal fez buscas nos dois barcos envolvidos.

São iates luxuosos, com várias cabines. O pacote vendido nos Estados Unidos custa R$ 7.580 (US$ 4.500), sem incluir o preço das passagens aéreas.

O inquérito foi baseado no depoimento das vítimas, vigilância das viagens e constatação de embarque de mulheres nos barcos. A investigação constatou que a rota da pesca sexual funcionou entre 2000 e 2007. Ao menos 20 meninas foram vítimas. Entre elas, cinco indígenas.

O dono da agência no Brasil e o homem que vendia os pacotes nos Estados Unidos foram indiciados.

Depoimentos no inquérito apontam que agentes da Funai (Fundação Nacional do Índio) facilitavam ingressos dessas excursões em áreas proibidas.

2 comentários:

  1. A imprensa amazonense precisa evluir muito. Foi preciso um veículo de comunicação de São Paulo vir aqui para divulgar um fato que passou despercebido aqui, um fato, diga-se de passagem, de grande relevância jornalística.

    ResponderExcluir
  2. Os jornalista de Manaus só de interessa por pobre, se fosse pobre que tivesse nessa patifaria já taria nos jornal mais como é rico eles não tão ne ai.

    ResponderExcluir