COMENTÁRIOS CENSURADOS

Decidi criar este blog porque, entre outras razões, já não suportava mais ver meus comentários censurados por outros blogueiros, alguns dos quais, como o juiz Carlos Zamith Júnior e o Raimundo Holanda, não cansam de arvorar seu compromisso com a liberdade de expressão. Pura retórica.
O comentário que segue, censurado por Zamith, foi feito a partir de uma foto postada em seu Diário de um Juiz, na qual ele e o filho aparecem tomando banho, sorridentes, jubilosos.

OS OUTROS QUE SE DANEM!

Juiz:

Enquanto o senhor se compraz com o filho nos braços, muitos pais e mães choram a ausência de seus filhos que o senhor atirou nos calabouços de Manaus. Pergunto-me se teria o senhor alguma dor de consciência por ser responsável pelo aniquilamento de muitas famílias. Quantas pessoas o senhor já não deve ter injustamente condenado? Afinal, o nosso aparelho policial, além de corrupto e corrompido, pouco se importa com a busca da verdade. Conheço pelo menos um processo em que Vossa Excelência consubstanciou o édito condenatório por meio de declarações subjetivas de policiais. Nunca jamais, em toda a minha miserável existência, me tinha deparado com tal aberração jurídica.

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Este outro comentário traz observações gramaticais, pois não raro Sua Excelência atropela o português feito rolo compressor.


TROPEÇANDO NA LÍNGUA

Excelência:

A escola que o senhor frequentou certamente não tinha professor de Português, ou, se o tinha, das duas, uma: ou o senhor foi um aluno extremamente relapso, displicente, ou o senhor tratava (e talvez ainda trate) nosso idioma pátrio da mesma maneira como os nazistas tratavam os judeus durante a Segunda Guerra Mundial: com absoluto desdém. Não foi outra a dedução a que cheguei ao deparar-me com mais uma de suas "pérolas" linguísticas: "Pois é, o Antonio (Antônio é palavra paroxítona terminada em ditongo; portanto, acentuada) Zacarias não TEM noção da importância de seu conhecimento se DEIXASSE de lado a soberba e a arrogância." Como ousa o senhor, um Juiz de Direito, desferir tão rasteiro golpe na soberba língua portuguesa? Onde está a correspondência temporal? "Tem", Excelência, é forma verbal do presente; "deixasse", do passado. Como se não bastasse tamanha impropriedade, o senhor ainda lasca o advérbio "não" na frase, que deveria, de conformidade com a nossa gramática normativa, ser construída assim: Pois é, o Antônio Zacarias teria (futuro do pretérito) noção da importância de seu conhecimento se deixasse (pretérito imperfeito do subjuntivo) de lado a soberba e a arrogância.
Da próxima vez, fornercer-lhe-ei o número da minha conta bancária, para que o senhor, homem justo (que Deus me perdoe!), remunere-me pela aula. Afinal, o magistério é meu mister.

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Eis mais um comentário censurado, desta feita pelo Blog do Holanda. Talvez a censura se deva ao fato de Holanda ter interesse pessoal na destruição moral dos irmãos Souza, por fidelidade ao seu patrão e senhor, o empresário Francisco Garcia, de quem Carlos Souza tomou o PP.

Vamos lê-lo:

SEDE DE JUSTIÇA OU DE NOMEADA?

A insensibilidade da força-tarefa e, especialmente, do juiz Mauro Antony e do promotor de justiça Alberto Nascimento Júnior no que tange à precária saúde do ex-deputado Wallace Souza, nos faz pensar que vige no País a pena de morte. Ninguém, nem mesmo o mais frio e cruel criminoso (o que, cuido, não é o caso de Wallace), deve ter o seu inalienável direito à vida atirado no lixo. Dúvida não há de que os reiterados depoimentos prestados pelo ex-deputado na Beneficente Portuguesa agravaram o seu já debilitado quadro clínico. Confesso que cheguei a vislumbrar, na força-tarefa, um certo prazer mórbido em fustigar o ex-deputado num leito de hospital. Seria sede de justiça ou sede de nomeada? Decida o leitor entre uma e outra.