terça-feira, 20 de abril de 2010
ADJUTO AFONSO VAI ENCAMINHAR PARA A PF RELATÓRIO DE MANIFESTAÇÃO EM LÁBREA
O deputado Adjuto Afonso (PP - foto) apresentou, hoje pela manhã, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), um requerimento solicitando que seja encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal (PF), em Manaus, o relatório feito pela Prefeitura Municipal de Lábrea sobre a manifestação ocorrida na sede do município, no dia 10 de março.
Na ocasião, mais de 2 mil trabalhadores que tiveram seus comércios, marcenarias e serrarias fechadas, além de receberem multas elevadas por fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) realizaram um ato de repúdio em praça pública. O parlamentar solicita ainda que seja feita a instauração de um inquérito para apurar os referidos fatos.
Adjuto Afonso informou que o documento apresenta todos os fatos ocorridos, em março deste ano, registrados com imagens fotográficas, da presença dos fiscais ICMbio, que “de maneira arbitrária, constrangedora e abusiva instalaram o medo entre a população trabalhadora e ordeira em Lábrea”.
“Neste dia, houve uma grande manifestação popular, liderada pelos trabalhadores. Eles estavam revoltados com a ação dos fiscais, que em nenhum momento quiseram conversar com as pessoas. Eu viajei para Lábrea, acompanhado da secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Nádia Ferreira, para negociar o fim da manifestação e evitar um confronto”, disse.
“Na oportunidade, apresentei uma nota de repúdio com a participação de todos os deputados desta Casa contra o instituto”, completou o parlamentar.
A moção foi assinada pelos 24 parlamentares da Casa, tendo a finalidade de repudiar a forma como ICMbio vem desempenhando suas ações no interior do Estado, em especial na Calha do Rio Purus, principalmente em Beruri e Lábrea, prejudicando os trabalhadores extrativistas e fragilizando ainda mais a economia local.
“Os representantes do ICMbio recusam-se em discutir as questões que afligem a classe extrativista. Eles se negam a dialogar e a prestar esclarecimentos, agindo com extremo autoritarismo sem considerar as dificuldades naturais impostas ao homem interiorano, suas peculiaridades de vida e da região, causando tumulto e indignação generalizada por parte de toda população Labrense”, salientou Adjuto Afonso.
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