sábado, 3 de julho de 2010
CHALUB DIZ QUE NÃO HOUVE TEMPO PARA PUBLICAR ATOS SECRETOS. CONTA OUTRA, DESEMBARGADOR!
Por Antônio Zacarias - São quase 7 horas da manhã e eu não consigo dormir. Estou com o “Diário do Amazonas” aberto na cadeira ao lado. A página não está numerada, mas isso não tem nenhuma importância diante da notícia principal que ela contém. O título, por si só, já causa indignação: “TJAM revela centenas de `atos secretos`. Um ato secreto apenas já seria suficiente para suscitar dúvida sobre a conduta do responsável por tal agressão ao princípio legal da publicidade. Imagine centenas! Centenas! - tenho que repetir. Isso é demais para o meu cérebro pequeno, medíocre. Se fosse outra instituição, talvez eu não tivesse perdido o sono. Mas justamente o nosso Tribunal, que pune, que manda para a cadeia quem ousa passar por cima dos ditames legais.
Talvez eu seja romântico, talvez eu esteja vivendo numa época cuja realidade esteja além, muito além da minha compreensão. Por que estou dizendo isso? Por que eu jamais conseguiria julgar e condenar um outro ser humano, se eu não conduzisse a minha vida rigorosamente dentro da legalidade. Os nossos magistrados, sobretudo eles, têm que ter uma conduta absolutamente (o advérbio não é por acaso) irrepreensível do ponto de vista legal. Não consigo compreender (talvez por eu ser burro demais) como uma pessoa é capaz de punir outra, por uma coisa que ela própria também faz. Você acha que o magistrado que comete ilegalidade tem autoridade moral para julgar alguém?
A explicação que o ex-presidente do Tribunal de Justiça, Domingos Chalub, dá para essa questão dos “atos secretos” é uma verdadeira agressão à nossa condição de ser pensante.
Ele diz, preste bem atenção, que "faltou tempo" para publicar no Diário Oficial as nomeações feitas por ele. Até daria para engolir essa justificativa se se tratasse de meia dúzia (ou uma dúzia que fosse) de nomeações. Mas foram centenas. Centenas, faço questão, mais uma vez, de enfatizar isso.
Não posso concluir (agora que desabafei me bateu o sono) sem dizer que devemos enaltecer a atitude do novo presidente do Tribunal de Justiça, João Simões. Acho que nele podemos confiar. Acho não, tenho certeza. Trata-se de um magistrado extremamente correto. Do contrário, jamais teria feito o que fez.
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E AGORA SERA QUE ALGUEM SERA PUNIDO POR ISSO?
ResponderExcluirOU A JUSTIÇA VAI A FAVOR DELES?
Eu já disse aqui que eu sou fã do seu blog. Esse tipo de opinião a gente só vê aqui. Tudo o que o senhor falou, professor Zaca, é o que nós gostaríamos de falar, é o que nós gostaríamos de ouvir. Como pode alguém julgar, condenar outra pessoa sem ter a devida autoridade moral para fazer isso? É verdade professor, não dá pra aceitar uma coisa dessas calado. Não dá mesmo.
ResponderExcluirO desembargador Chalub envergonha o Tribunal de Justiça com esse tipo de comportamento!
ResponderExcluirRogério concordo com você em gênero, número e grau.
ResponderExcluirSNIPER! " NUNCA ERREI UM ÚNICO TIRO "
ResponderExcluirExcelencia, Desembargador DOMINGOS CHALUB, toda Manaus concorda em gênero, número e grau com o Professor ANTONIO ZACARIAS.
Das duas uma, ou Vossa Excelencia concordou com estes ATOS IMORAIS, por que fazia parte deste conluio ou Vossa Excelencia se ACOVARDOU dados os involvidos serem pessoas ligadas através de um CORDÃO UMBILICAL que passa de geração a geração (Desembargadores, Juizes, Promotores, Governador, Politicos e etc...).
O feio nisto tudo é a pífia explicação de Vossa Excelencia.
Gostaria de saber se Vossa Excelencia não tinha o poder de VETAR atos IMORAIS de alguns juizes deste TRIBUNAL ?
Como um dos atos mais IMORAL que eu considero que foi a reintegração de vários candidatos reprovados no CONCURSO PÚBLICO PARA DELEGADO DE POLICIA e Vossa Excelencia nada fez, nada disse ou também não ouve tempo ?
E estes REPROVADOS continuam na FUCAPI realizando o CURSO DE FORMAÇÃO e Vossa Excelencia continua MUDA, CEGA. Enquanto todos os canditados aprovados legalmente são obrigados a conviver com estes REPROVADOS que riem de todos, como tambem da própria JUSTIÇA.
ACORDE DESEMBARGADOR DOMINGOS CHALUB, ainda tens tempo de realizar algo de bom nesta vida !
SNIPER! " NUNCA ERREI UM ÚNICO TIRO "
Sniper! Gosto dos seus comentários, são sempre contundentes mas justos, continui assim.
ResponderExcluirProfessor Antônio Zacarias, cotninue perdendo o sono para que o senhor possa nos brindar com esse tipo de comentário realístico, que contribui enormemente para o aperfeiçoamento das nossas instituições. Parabéns!
ResponderExcluirA postura do desembargador domingos chalub (é assim mesmo com letras minúsculas)é uma afronta à inteligência de qualquer ser pensante. Só consigo enxergar essa sua atitude como mais um deboche, aliás o que ele faz como ninguém e que nào deveria, pois qual credibilidade tem esse senhor que possui em suas mãos o poder de decidir questões extremqamente importantes na vida de cidadãos comuns como nós?
ResponderExcluirEsse Desembargador João Simões é um homem corajoso e destemido.
ResponderExcluirÓ ZACA, apenas, para dar uma pincelada naquilo que vc adora fazer: corrigir. VC, ao expressar o advébio absolutamente,deu sentido que a língua Portuguesa, a meu sentir, não permite. E não admite pelo fato do referido termo ser um adverbio de negação e somente de negação. Fora desse contexto, a sua colocação é equivocada.
ResponderExcluirAgora, o erro gramatical do SNIPER foi bem mais contudente: grafou "...involvidos...", quando seria envolvidos. E não há como justificar ta falha já que a tecla do i fica bem distante da tecla do e. E isso.
Meu caro Anônino:
ResponderExcluirHá gramáticos renomados, como Celso Cunha e Evanildo Bechara, que não consideram equivocado o emprego da palavra “absolutamente” como advérbio de afirmação, embora recomendem parcimônia em seu uso. Em verdade, “absolutamente” só adquiriu valor negativo no português moderno. O que não faltam, porém, como já disse, são opiniões em contrário. Como há controvérsia, permito-me, às vezes, lançar mão desse termo como reforço de afirmação.
Dito isto, acredito ser meu dever, como estudioso da Língua Portuguesa, ajudá-lo a corrigir alguns erros gramaticais existentes em seu comentário. Primeiro, você pôs uma vírgula absolutamente (gostou?) desnecessária depois de “apenas”. Segundo, deixou de acentuar “advérbio”. Sabe por que essa palavra deve ser acentuada? Porque se trata de uma paroxítona terminada em ditongo crescente. Terceiro, não há no nosso vernáculo registro do vocábulo “contudente”; o que temos é “con-tun-den-te” (esta palavra tem três nn, ou enes, como você preferir). Quarto, grafou “língua” com inicial minúscula e “portuguesa” com inicial maiúscula. Existem duas maneiras de escrevê-las: Língua Portuguesa e língua portuguesa. Ambas estão corretas, mesmo que se refiram ao nome da disciplina, de acordo com a Reforma Ortográfica. Acho que vou parar por aqui, não obstante ter eu detectado outros descuidos.
Abraço fraterno do
Antônio Zacarias.
Nobre Zaca,
ResponderExcluirO informalismo me permite passar despercerbido numa simples acentuação gramatical, como é o caso da palavra advébio (agora não passou desperbido). Agora, a colocação de vírgulas entre o termo "apenas" não tenho dúvida que é facultativo, quiça, no que no foi, por mim, acima grafado, entendo que é virgula obrigatória, se considerarmos que "Ò ZACA" faz referência a um chamamento a indicar, pois, um vocativo. "desnecessário" e sem sentido sua correção. Procure ser menos arrogante e saiba admitir suas falhas.
Professor, que tal se destacasse os acertos em vez de salientar os erros? Ao destacá-los, assim, enfaticamente, só faz com que os fixemos.
ResponderExcluirAprecio textos bem escritos; a escrita realizada com desleixo é problema de quem a escreveu.
Julgo o alardear dos desacertos alheios uma severidade desnecessária. Precisamos nos preocupar com os nossos deslizes, que não são poucos, uma vez que a língua portuguesa não é nada fácil.
Conheço muitos professores que por desqualificarem a redação dos alunos, acabaram por indispô-los, definitivamente, ao exercício da criação.
Grande abraço,
Maria da Graça